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Entenda o quadro de saúde do presidente Jair Bolsonaro

Soluço persistente e dores abdominais relatados pelo presidente são resultado de uma obstrução intestinal, causada pelas cirurgias pós facada

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 jul 2021, 17h22 - Publicado em 14 jul 2021, 16h54

O presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com uma obstrução intestinal decorrente dos efeitos provocados pela facada que sofreu em setembro de 2018 durante a campanha eleitoral. O problema foi detectado nesta quarta-feira, 14, após o presidente ser internado e submetido a exames no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, com dores abdominais. Há pelo menos uma semana, o presidente também se queixava de soluços. Agora, ele está a caminho de São Paulo onde será avaliada a necessidade de uma cirurgia de emergência.

De acordo com o gastro cirurgião Andre Ibrahim, professor do departamento de cirurgia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a obstrução está por trás das dores e do soluço e é uma complicação comum de cirurgias abdominais. Vale lembrar que Bolsonaro já foi submetido a quatro procedimentos cirúrgicos na região em decorrência da facada recebida durante a campanha eleitoral de 2018. Inclusive, uma delas, para desobstrução do intestino.

LEIA TAMBÉM: O que é obstrução intestinal? Entenda o quadro que acomete Bolsonaro

“Toda vez que  isso [uma cirurgia no intestino] acontece, pode ter aderência e essas aderências, que podemos chamar de brida, são pequenas fibroses que podem prejudicar o transito intestinal. Esse prejuízo pela aderência leva ao quadro de obstrução”, explica Ibrahim.

A desobstrução intestinal pode ser realizada sem a necessidade de cirurgia, com uma sonda e alguns dias em jejum, que ajudam a descomprimir o intestino. Em casos graves – o que não parece ser o do presidente, que estava bem fisicamente nos últimos dias – se a sonda não funcionar, pode haver a necessidade de cirurgia.

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Em meados de abril, Bolsonaro havia confirmado a apoiadores que precisaria passar por mais uma cirurgia para corrigir uma hernia. No entanto, até hoje o procedimento não foi realizado. “A gente aprende que hernia diagnosticada é hernia operada porque ela compromete a integridade da parede abdominal e quanto mais demora, mais a hernia aumenta de tamanho e as complicações relativas à sua presença  acaba fazendo com que a cirurgia seja mais complicada de resolver”, diz Ibrahim.

Apesar da necessidade de realizar uma operação para corrigir a hernia, Ibrahim ressalta que o objetivo neste momento é tentar desobstruir o intestino sem a necessidade de cirurgia e, com calma, agendar o novo procedimento. “O ideal é evitar essa cirurgia de urgência, sem preparo prévio do paciente”, afirma o especialista.

Segundo Ibrahim, hernia é outra possível complicação de cirurgias intestinais e assim como a obstrução do intestino faz parte de um processo de cicatrização anômala. Para evitar esse tipo de complicação o fator mais crucial é o cuidado pós-operatório, que consiste em pelo menos um mês de repouso, sem esforço físico. O que não foi o caso do presidente.

 

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