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Enjoos extremos durante a gravidez podem levar a distúrbios de comportamento em crianças

Bebês nascidos de mães que tiveram casos persistentes de náusea e vômitos têm mais riscos de depressão e ansiedade na vida adulta

Por Da Redação
24 ago 2011, 12h43

Casos de náusea e vômitos persistentes e, às vezes, intensos durante a gravidez podem levar à hospitalização e até à interrupção da gestação. O problema, conhecido como hiperêmese gravídica (HG), pode ter consequências que vão além da gravidez e atingir mais tarde as crianças. De acordo com uma pesquisa publicada no Journal of Developmental Origins of Health and Disease, bebês nascidos de mães que tiveram HG são 3,6 vezes mais suscetíveis a desenvolver ansiedade, transtorno bipolar e depressão na vida adulta.

O que é hiperêmese gravídica?

  1. O distúrbio se caracteriza por náuseas e vômitos violentos que causam desidratação e inanição. Não existe uma causa conhecida, mas acredita-se que fatores psicológicos podem desencadear os vômitos intensos. Normalmente, a hiperêmese desaparece sozinha depois de alguns dias, mas durante sua ocorrência é preciso manter a gestante hidratada e também repor as vitaminas perdidas. É importate frisar que a HG é diferente do mal-estar comum. Se a gestante passar mal, mas não houver perda de peso e desidratação, ela não está com HG.

Estudos anteriores já haviam descoberto que as crianças nascidas de mulheres que tiveram náusea persistente nos três primeiros meses da gravidez tinham mais problemas de atenção e aprendizagem aos 12 anos. Outras pesquisas apontavam ainda que a má nutrição fetal, uma consequência frequente da HG, pode acabar levando a uma saúde precária quando adulto. “Apesar da hiperêmese gravídica poder causar a fome e a desidratação na gravidez, nenhum estudo havia determinado seus efeitos a longo prazo para o bebê”, diz Marlena Fejzo, coautora do estudo.

Depressão e ansiedade – A pesquisa conduzida pela equipe de Feizo levou em consideração relatos de mulheres com HG, que descreveram o histórico comportamental e emocional de irmãos. Descobriu-se, então, que 16% dos voluntários que foram expostos ao HG tinham depressão, frente a 3% do grupo controle (aqueles que não nasceram de mães com HG); 8% do grupo exposto foram diagnosticados com transtorno bipolar, frente a 2% do grupo controle; e 7% dos expostos sofriam de ansiedade na vida adulta, comparados a 2% do controle.

“Ao todo, 38% dos casos do grupo exposto têm relato de um transtorno psicológico ou comportamental, em comparação a 15% do grupo controle”, dizem os pesquisadores. Uma hipótese é que essas taxas mais elevadas entre os bebês expostos ao HG podem ser causadas pela desnutrição prolongada e a desidratação das mães durante o desenvolvimento do cérebro fetal. A ansiedade e o stress, comuns durante e após o HG, também poderiam desempenhar um papel importante nas sequelas.

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Clique nas perguntas abaixo para saber mais sobre a gravidez e cuidados com o bebê:

(Com reportagem de Natalia Cuminale)

*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

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