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Embriões sintéticos são criados com células-tronco em Israel; veja vídeo

Modelo de camundongos se desenvolveu fora do útero e sem necessidade de espermatozoides e óvulos

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 ago 2022, 20h03 - Publicado em 5 ago 2022, 20h02

Pesquisadores do Instituto de Ciência Weizmann, em Israel, conseguiram desenvolver embriões sintéticos de camundongos fora do útero e sem a necessidade de óvulos e espermatozoides para realizar a fecundação. Para isso, utilizaram células-tronco cultivadas, um método que pode ser usado para estudar como essas células formam os órgãos durante o desenvolvimento embrionário e, no futuro, ser a base para a polêmica possibilidade de cultivar tecidos e órgãos para transplantes utilizando embriões produzidos em laboratório. Os resultados foram publicados na revista Cell.

“O embrião é a melhor máquina de fazer órgãos e a melhor bioimpressora 3D. Tentamos imitar o que ele faz”, afirmou, em comunicado do instituto,  Jacob Hanna, professor do Departamento de Genética Molecular de Weizmann e líder da equipe de pesquisa.

Os pesquisadores usaram um método para reprogramar as células-tronco para seu estado inicial, quando elas têm mais capacidade de se especializar em tipos diferentes de células, e utilizaram ainda um dispositivo desenvolvido por eles para fazer o cultivo dos embriões de camundongo fora do útero. O equipamento simula como nutrientes são fornecidos para o embrião pelo fluxo sanguíneo e controla a troca de oxigênio e a pressão atmosférica.

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No dispositivo, cerca de 0,5% das células se tornaram esferas e, depois, estruturas semelhantes a embriões. “Esses modelos sintéticos se desenvolveram normalmente até o dia 8,5 – quase metade da gestação de 20 dias do camundongo – quando todos os progenitores de órgãos iniciais se formaram, incluindo um coração pulsante, circulação de células-tronco sanguíneas, um cérebro com dobras bem formadas, um sistema neural. tubo e um trato intestinal”, informou, em nota, o instituto. As estruturas demonstraram semelhança de 95% com embriões naturais de camundongos.

O uso da técnica, segundo os pesquisadores, permite evitar questões éticas ligadas ao uso de embriões naturais para pesquisa e biotecnologia. Também pode ser uma alternativa para reduzir o uso de animais em pesquisas científicas.

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