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Em meio ao surto de H1N1, faltam vacina em clínicas e álcool em gel nas unidades de saúde

Itens essenciais para prevenir a contaminação pelo vírus estão em falta na capital paulista. Produtos de higiene básica, como álcool em gel e sabão, estão em falta em algumas unidades de saúde e lotes da vacina se esgotam em poucas horas nas clínicas particulares

Por Da Redação
1 abr 2016, 15h47

Em meio ao surto de H1N1 em São Paulo, faltam itens básicos de higiene, como álcool em gel e sabão, em algumas unidades da rede municipal de saúde. Há também casos em que doentes precisam sentar no chão enquanto aguardam atendimento. Para especialistas, o quadro pode agravar ainda mais a propagação do vírus.

“A higienização é o mínimo necessário. É uma forma de prevenir e a aglomeração facilita a transmissão da doença, via gotículas”, disse o infectologista Fernando Gatti de Menezes, do Hospital Albert Einstein. Segundo o especialista, os pacientes deveriam ser mantidos a mais de um metro de distância um do outro.

Na quinta-feira (31), à tarde, havia pelo menos oito pessoas sentadas no chão da sala de espera da Assistência Médica Ambulatorial (AMA) da Sé, no centro, esperando a consulta. Com tosse e febre, o ator Luiz Castro, de 27 anos, era um deles. “É uma calamidade, as pessoas são tratadas feito latinhas de refrigerante amassadas. O pior é a completa falta de higiene. Não tem o mínimo básico”, reclamou o paciente, que esperou por mais de três horas por atendimento.

Um cartaz na entrada avisava que, “por prevenção”, os pacientes deveriam usar papel descartável, disponível na AMA, “ao tossir ou espirrar”. Não havia álcool em gel na unidade. No banheiro masculino, as pias estavam depredadas e os usuários nem sequer podiam lavar as mãos após utilizá-lo. Além do AMA da Sé, faltava álcool em gel na unidade da Vila Barbosa, na Zona Norte de São Paulo.

Em nota, a prefeitura informou que vai repor os itens de higiene e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que solicitou mais cadeiras e acionou a equipe de manutenção para reparar o banheiro e repor o álcool em gel que está faltando. Ainda de acordo com o comunicado, o quadro médico estava completo e “o tempo de espera, monitorado em sistema, não ultrapassou 1h30, dessa forma não procede a informação apurada pela reportagem”.

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Falta de vacinas – A crescente demanda pela vacina contra gripe tem causado filas na porta das clínicas particulares da capital e esgotado os novos lotes em apenas algumas horas. Algumas clínicas de vacinação, inclusive, vêm orientando seus clientes a chegar até uma hora e meia antes do horário de abertura do estabelecimento para tentar conseguir o imunizante.

“Disseram que amanhã (1) deve chegar mais vacinas para adultos, mas é para chegar bem cedo, pelo menos umas 6h30, para ter chance de conseguir. Mas a clínica só abre às 8 horas, e todo mundo faz fila em volta do quarteirão”, conta a apresentadora de TV Mari Simões, de 38 anos, que buscou a vacina para ela e a família em uma clínica dos Jardins, na tarde de ontem.

Em outra clínica, no Ibirapuera, foram necessários apenas 60 minutos para que um lote de 150 vacinas contra a doença se esgotasse na quarta-feira 30. Em uma unidade dos Jardins, a remessa com centenas de doses acabou em duas horas. O produto está em falta em dezenas de estabelecimentos e alguns deles já fazem lista de espera. Em uma unidade no Brooklin a lista ganhou 770 nomes em dois dias.

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A vacina quadrivalente contra a gripe é produzida por dois laboratórios: o Sanofi Pasteur e o GSK. Com o aumento da demanda pelo imunizante, o Sanofi decidiu antecipar em duas semanas a importação das doses do produto e a vacina da companhia estará disponível para o consumidor a partir da semana que vem. Já o GSK afirmou que seu produto já estava nas clínicas privadas desde o fim de março e que não há falta.

Campanha de vacinação – O Ministério da Saúde começa a enviar nesta sexta-feira a vacina contra a gripe aos estados. A campanha nacional de vacinação está prevista para ocorrer de 30 de abril a 20 de maio, mas alguns estados, como São Paulo, optaram por antecipar o início da imunização em razão de surtos de influenza A (H1N1), conhecida como gripe A.

A vacina trivalente oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é produzida pelo Instituto Butantan de São Paulo. Pela rede pública, só podem vacinar-se pessoas que integram os grupos de risco: idosos, crianças entre 6 meses e 5 anos, gestantes, doentes crônicos, puérperas, profissionais de saúde, indígenas, detentos e funcionários do sistema prisional.

Prevenção – Além da imunização, a população deve adotar medidas de prevenção para evitar a infecção por gripe. As ações de maior destaque incluem lavar sempre as mãos, evitar locais com aglomeração de pessoas (que facilitam a transmissão de doenças respiratórias), cobrir a boca com o braço ao tossir ou espirrar, utilizar álcool em gel nas mãos e, caso julgue necessário, usar máscara de proteção.

(Com Estadão Conteúdo)

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