Em dez anos, mortes por malária caem 20%, diz OMS
Segundo relatório divulgado no site da entidade, a maior parte da mortalidade ocorre entre crianças africanas
Um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado em seu site nesta terça-feira, aponta que o número de mortes causadas pela malária caiu em cerca de 20% no mundo. Segundo a entidade, em 2009 ocorreram 781 mil mortes em decorrência da doença, enquanto esse número, em 2000, foi de 985 mil.
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MALÁRIA
A malária é uma doença causada por um parasita do gênero Plasmodium, transmitida pela picada de mosquitos infectados. Apenas o gênero Anopheles do mosquito transmite a malária, que registra mais de 210 milhões de casos anualmente no mundo todo. Os sintomas da malária incluem febre, vômito e dor de cabeça. A forma clássica de manifestação é febre alta, suor e calafrios que aparecem de 10 a 15 dias depois da picada do mosquito.
O relatória ainda chama atenção para o fato de a maioria das mortes por malária registradas em 2009 terem ocorrido entre crianças africanas. Segundo a OMS, a doença representa 20% da mortalidade infantil na África. No continente, uma criança morre a cada 45 segundos vítimas de malária.
As informações no site da entidade também destacam a vulnerabilidade que viajantes de áreas livres de malária têm à doença quando infectados. Além disso, o documento aponta que a doença pode reduzir o Produto Interno Bruto (PIB) de um país com altas taxas de contaminação em até 1,3%.
De acordo com a OMS, cerca de metade da população mundial corre o risco de pegar malária. Além da África Subsaariana, área de maior risco, a entidade aponta Ásia, América Latina e, em menor grau, Oriente Médio e partes da Europa, como regiões onde há o problema. Ao redor do mundo, são registrados 250 milhões de novos casos da doença e cerca de 1 milhão de mortes em decorrência dela todos os anos, ainda segundo a OMS. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da saúde, foram registrados em torno de 540 mil casos de malária no ano de 2006, sendo que 99,7% da incidência foi na região amazônica.
(Com Agência Estado)