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Dieta do Mediterrâneo reduz colesterol ‘ruim’, mesmo sem perda de peso

Estudo mostrou redução de 9% nos níveis de LDL em homens que seguiram a dieta, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, peixes e óleo de oliva

Por Juliana Santos
2 Maio 2013, 10h29

A dieta do Mediterrâneo colaborou para a redução do colesterol “ruim”, o LDL (low density lipoprotein, lipoproteínas de baixa densidade) em homens com risco elevado de doenças cardíacas, independentemente do fato de ter havido ou não perda de peso. Essa foi a conclusão de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Laval, no Canadá, e apresentado nesta quarta-feira em um encontro da Associação Americana do Coração.

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COLESTEROL

O colesterol é importante para o organismo sintetizar vitaminas e hormônios, mas eles não circulam livremente pelo sangue. Para fazer isso, é preciso que se juntem às lipoproteínas, como a HDL (sigla para high density lipoproteins, ou lipoproteínas de alta densidade) e a LDL (low density lipoprotein, lipoproteínas de baixa densidade). A HDL impede que a LDL forme placas de gordura nas artérias que dão origem à arterosclerose, diminuindo ou obstruindo o fluxo sanguíneo, provocando infartos ou derrames.

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A dieta do Mediterrâneo, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, peixes e óleo de oliva, tem sido relacionada por diversos estudos a benefícios para o coração, ossos e até a memória.

O estudo canadense foi realizado com 19 homens entre 24 e 62 anos, todos com síndrome metabólica, ou seja, que apresentam três ou mais fatores de risco para doenças cardíacas e derrames. Os fatores de risco presentes no estudo incluem obesidade visceral, hipertensão, níveis elevados de triglicérides e níveis baixos de colesterol “bom”, o HDL (high density lipoproteins, ou lipoproteínas de alta densidade).

Benoît Lamarche, um dos autores do estudo, disse ao site de VEJA que a quantidade pequena de participantes nesta pesquisa se deve ao fato de que estudos de metabolismo do colesterol são muito caros e trabalhosos. “Apesar da amostra pequena, nós conseguimos detectar mudanças significativas no metabolismo do colesterol usando esta abordagem”, disse Lamarche.

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Dietas – Durante cinco semanas, os participantes seguiram uma dieta padrão norte-americana, rica em gorduras, carboidratos, açúcar refinado e carne vermelha. Em seguida, por mais cinco semanas, eles seguiram a dieta do Mediterrâneo.

Depois disso, os participantes passaram 20 semanas em uma dieta de perda de peso e mais cinco semanas seguindo a alimentação mediterrânea.

Os pesquisadores analisaram os níveis de colesterol dos participantes ao final de cada etapa do estudo e concluíram que a dieta do Mediterrâneo provocou uma redução de 9% nos níveis de colesterol “ruim” (LDL). Essa diminuição não apresentou nenhuma relação com a perda de peso dos pacientes, ocorrendo de forma independente.

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Além disso, os níveis de Apolipoproteína B – parte proteica do LDL, responsável por sua formação – na corrente sanguínea também foram reduzidos em 9% com a dieta mediterrânea.

“Apesar de a dieta do Mediterrâneo já ter sido relacionada à melhora do colesterol, esta é a primeira vez que esse processo foi investigado e documentado”, disse Benoît Lamarche, um dos autores do estudo, ao site de VEJA.

Opinião do especialista

Durval Ribas Filho

Médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN)

“Esse estudo tem muito fundamento. O motivo para a redução do colesterol ‘ruim’ é o fato de a dieta do Mediterrâneo ser rica em ômega 3, gordura poli-insaturada presente nos peixes, como salmão e atum, que reduz o colesterol total, e o ômega 9, gordura monoinsaturada presente principalmente no óleo de oliva, azeitonas e castanhas, que atua na redução do LDL.

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Diminuir o LDL é objetivo das pesquisas atuais porque este tipo de colesterol é o que forma as placas de gordura, podendo até mesmo causar lesões no endotélio, parede interna dos vasos sanguíneos.”

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