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Diagnóstico tardio faz do câncer de pulmão o mais fatal entre as mulheres

Mapeamento do hospital A.C. Camargo revela que tumores de ovário, colo do útero, cólon e reto também são detectados em estágios mais avançados

Por Giulia Vidale
9 mar 2015, 14h49

Um mapeamento realizado pelo A.C. Camargo Câncer Center, hospital de referência no tratamento da doença no país, concluiu que o tumor de pulmão é o mais letal entre as brasileiras. Apenas 20% das pacientes estão vivas cinco anos após serem tratadas da enfermidade. Embora o câncer mais incidente seja o de mama, com 37,3% dos casos, o índice de sobrevida dessas pacientes em cinco anos é mais alto: 86%.

O resultado coincide com o levantamento realizado pela Sociedade Americana de Câncer e pela Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês), segundo o qual o câncer de pulmão é o mais fatal em mulheres. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), este também é o tumor proporcionalmente mais letal em pacientes do sexo feminino – mata 9.000 brasileiras por ano.

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​O levantamento do A. C. Camargo analisou os registros de 15.721 mulheres diagnosticadas e tratadas no hospital entre 2000 e 2010. Os resultados, compilados nesta semana, mostraram que os tumores com maior incidência de diagnóstico precoce, como mama, pele e tireoide, tiveram maior taxa de sucesso na sobrevida das pacientes. Nos três casos, os métodos de rastreamento são simples e eficazes.

“Quando há diagnóstico precoce, seguido de um tratamento adequado, as chances de sucesso são de 90%”, afirma o oncologista Ademar Lopes, vice-presidente do A.C. Camargo. Para ele, campanhas públicas de conscientização da doença, melhor preparo médico e adesão às medidas de prevenção também são fatores cruciais para diminuir as mortes pela moléstia no país.

Pulmão – Os tumores detectados tardiamente têm as maiores taxas de mortalidade. É o caso do câncer de pulmão, cujas vítimas costumam demorar a procurar auxílio médico. “O câncer de pulmão é mais incidente entre fumantes, que atribuem os sintomas da doença, como a tosse, ao cigarro. Geralmente, essas pessoas só vão ao médico quando surgem sintomas como sangramentos ou pneumonias frequentes. Nestes casos, a doença está em estágio avançado”, afirma Ademar Lopes.

No entanto, o cenário mais preocupante é o do câncer de ovário, em função da ausência de sintomas nos estágios iniciais e da falta de métodos eficazes de rastreamento. Para piorar, as causas que levam ao desenvolvimento deste tumor são pouco compreendidas. Por enquanto, o que se sabe é que o histórico familiar de câncer de mama ou ovário aumentam sua incidência.

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Outros tumores que merecem atenção, pois são de fácil diagnóstico, mas ainda negligenciados pela população são: colo do útero, que pode ser identificado com um simples Papanicolau, e cólon e reto, detectados por colonoscopia.

Novos casos – No Brasil, o Inca estima 395.000 novos casos de câncer em 2015, sem considerar os de câncer de pele não melanoma (tumor mais incidente na população brasileira). Deles, 204.000 são previstos para o sexo masculino e 190.000 para o feminino. Nas mulheres, os tipos mais incidentes serão de mama, cólon e reto, colo do útero, pulmão e glândula tireoide.

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