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Depressão: 15 minutos de exercícios diários ajuda a prevenir a doença

Mais: qualquer atividade que mantenha o corpo em movimento já oferece proteção à doença

Por Redação
24 fev 2019, 14h51

Uma equipe de pesquisadores americanos descobriu uma forma simples de prevenir a depressão: a prática diária de exercícios. De acordo com o estudo, publicado recentemente no periódico JAMA Psychiatry, pessoas fisicamente ativas estão menos propensas a desenvolver a doença. Esse benefício pode ser alcançado mesmo para aqueles que se exercitam por pouco tempo (15 minutos, por exemplo).

“Agora, quando meus pacientes chegam e dizem: ‘Estou começando a me sentir um pouco deprimido e não me sinto o mesmo’, minha primeira prescrição é ‘saía e vá fazer alguma coisa'”, comentou David Agus, principal autor do estudo, ao programa americano CBS This Morning. Para o psiquiatra, mesmo pacientes já diagnosticados com o transtorno podem encontrar na atividade física uma forma de complementar o tratamento. 

Para chegar a estes resultados, foram analisados os níveis de exercícios físicos (acompanhados em tempo real ou auto-relatados), a composição genética e o histórico de depressão de 611.583 participantes. 

Movimente-se

Durante a pesquisa, a equipe do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, dividiu os participantes em dois grupos: o primeiro teve os exercícios físicos diários acompanhados por um acelerômetro (equipamento que monitora velocidade e aceleração); já o segundo grupo precisou apenas responder questionários onde relataram os níveis de atividade física realizada por dia. Ao fim do estudo, descobriu-se que as pessoas que se exercitavam mais estavam mais protegidas contra o risco de depressão. No entanto, essa proteção só foi encontrada no grupo monitorado diariamente pelo acelerômetro, o que indica que aquelas que apenas relataram podem não ter se exercitado com tanta frequência quanto afirmaram no questionário. 

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Além disso, os pesquisadores analisaram o DNA dos participantes e descobriram que a genética não interfere nos ganhos de saúde mental adquiridos por meio do exercício. Ou seja, os benefícios de prevenção podem ser obtidos por qualquer pessoa que mantenha-se fisicamente ativa, independente de sexo e idade, por exemplo. “Quinze minutos de corrida, uma hora de jardinagem. [Apenas] saia e faça alguma coisa. Você nem precisa suar ou ficar sem fôlego. O importante é estar em movimento”, orientou Agus. 

 Agora, a equipe espera que os novos achados possam influenciar a forma como os profissionais de saúde tratam a depressão. 

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Prevenção de doenças

A depressão não é a única doença que pode ser prevenida com atividade física. Estudo publicado no periódico Neurology indica que se exercitar também ajuda a prevenir demência. Segundo os pesquisadores, mulheres que se exercitam fisicamente várias vezes por semana têm risco 57% menor de desenvolver uma combinação de Alzheimer e outro tipo de demência. Entre as atividades físicas benéficas estão: caminhada, jardinagem, jogar tênis, andar de bicicleta, nadar e participar de esportes competitivos.

A pesquisa ainda descobriu que a demência também pode ser prevenida em mulheres que estão mais envolvidas em atividades mentais, como visitar museu, assistir a shows, tocar um instrumento, fazer trabalhos manuais, frequentar estabelecimentos religiosos e fazer parte de um clube. Para esse grupo, a probabilidade de desenvolver qualquer tipo de demência é 34% menor. 

“A demência é um problema crescente para o qual não há tratamento ou cura. Este estudo mostra que a atividade mental é tão importante quanto a atividade física para preservar ou aumentar as chances de um envelhecimento saudável”, comentou Jenna Najar, da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, à revista TimeInfelizmente, a equipe sueca não foi capaz de determinar a redução de risco em mulheres que praticam ambas as atividades. Mas os cientistas assumem que a combinação possa ser ainda mais benéfica.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a depressão afete mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Além disso, o transtorno é responsável por cerca de 800.000 suicídios por ano, sendo a segunda principal causa de morte entre indivíduos de 15 a 29 anos.

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