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Demorar para conseguir engravidar aumenta risco de problemas neurológicos no bebê, diz estudo

Problemas de fertilidade, e não técnicas de fertilização assistida, podem estar relacionados a riscos de problemas no desenvolvimento neural da criança

Por Da Redação
26 mar 2013, 12h17

Casais que ficam muito tempo tentando ter filhos podem ter mais riscos de conceber bebês com problemas neurológicos leves. É o que afirma um estudo publicado no periódico Archives of Disease in Childhood. De acordo com a pesquisa, é a baixa fertilidade por si só, e não os métodos de fertilização assistida, que pode ser um fator de impacto no desenvolvimento da criança.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Increased time to pregnancy is associated with suboptimal neurological condition of 2-year-olds

Onde foi divulgada: periódico Archives of Disease in Childhood

Quem fez: Jorien Seggers, Pamela Schendelaar, Arend F. Bos, Maas Jan Heineman, Karin J. Middelburg, Maaike L. Haadsma e Mijna Hadders-Algra

Instituição: Universidade de Groningen, Holanda

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Dados de amostragem: 209 crianças de dois anos de idade, cujos pais demoraram mais de um ano para conceber

Resultado: Os autores sugerem que o tempo levado até a concepção (ou seja, a baixa fertilidade) por si só, e não os tratamentos de fertilidade, estão relacionados a um aumento de 30% no risco da criança desenvolver problemas neurais leves.

Estudos anteriores já relacionaram tratamentos de fertilidade a um maior risco de parto prematuro e baixo peso ao nascer, mas, de acordo com os autores, as novas evidências indicam que a baixa fertilidade em si (demorar mais de 12 meses para atingir a concepção) pode ser a culpada.

Pesquisa – Os autores avaliaram o desenvolvimento neurológico de 209 crianças de dois anos de idade. Todas eram filhas de pais que tiveram problemas para conceber e passaram por tratamentos de fertilidade.

Foram analisadas funções motoras, postura, tônus muscular, reflexos e coordenação olho-mão nas crianças. Problemas neurológicos leves foram observados em 16 delas (7,7%) e eram mais comuns naquelas cujos pais demoraram mais para conceber: o tempo médio para esses pais foi de 4,1 anos. Já os pais das crianças que não apresentaram alterações neurológicas demoraram, em média, 2,8 anos.

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Aumento do risco – De acordo com os autores, um tempo prolongado até atingir a gestação está relacionado com um aumento de 30% na chance de ter uma criança com problemas neurológicos leves. “Isso significa que os fatores associados à baixa fertilidade podem estar relacionados à origem de problemas de desenvolvimento neural”, escrevem os autores no estudo. Para eles, mais estudos são necessários antes que esse tipo de informação faça parte do aconselhamento de casais.

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