Demora para agendar consultas é maior alvo de reclamação de clientes dos planos de saúde do país, mostra pesquisa
Pesquisa aponta que 58% dos usuários têm reclamações sobre as operadoras

Pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que 58% dos usuários têm reclamações contra os planos de saúde. Segundo o levantamento, realizado pelo Datafolha, 26% das reclamações estão relacionadas com a demora no atendimento ou com a fila de espera em prontos-socorros, laboratórios ou em clínicas médicas.
Reclamações como o baixo número de médicos, hospitais e laboratórios na rede credenciada atingem 21% dos usuários. A recusa de cobertura ou a restrição de atendimento pelo plano levou 14% dos entrevistados a procurar ajuda médica no Sistema Único de Saúde (SUS).
A demora no atendimento, no entanto, não é a única reclamação dos usuários. De acordo com a pesquisa, 19% dos entrevistados reclamaram da cobrança extra, além da mensalidade, para garantir a realização de consultas, exames ou outros procedimentos.
Satisfação – Apesar de todos os problemas relatados pelos usuários, 76% declararam estar satisfeitos com seu convênio de saúde, sendo que 21% afirmam estar muito satisfeitos e 55% satisfeitos. As melhores avaliações se referem à quantidade de laboratórios (83%) e de médicos (76%). Já as piores são sobre o custo das mensalidades e o número de hospitais disponíveis.
O levantamento foi realizado no período de 4 e 5 de abril de 2011, ouviu 2.061 pessoas, distribuídas em 145 municípios e com idades de 16 anos ou mais. Dentre os entrevistados, 26% disseram possuir plano ou seguro saúde, na condição de titulares ou dependentes, compondo amostra final de 545 pessoas.
Novas regras – Resolução publicada nesta segunda-feira pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no Diário Oficial da União passa a limitar o prazo para agendamento de consultas médicas – para atendimentos básicos, por exemplo, o tempo máximo de atendimento foi estipulado em sete dias.
Confira abaixo as principais mudanças da resolução da ANS: