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Crianças que não enfrentam seus medos têm risco maior de ansiedade

Segundo pesquisa, jovens que costumam evitar situações das quais têm medo, diferentemente daqueles que as enfrentam, aumentam seus níveis de ansiedade

Por Da Redação
13 mar 2013, 09h07

Um novo estudo da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, descobriu que crianças que, em vez de enfrentar, evitam situações das quais sentem medo são aquelas que apresentam um maior risco de ter ansiedade. Segundo os autores dessa pesquisa, esse achado é importante pois poderá ajudar os profissionais a identificarem melhor quem são as crianças mais propensas a ter esse transtorno e, assim, direcioná-las a abordagens que previnam a ansiedade. O trabalho foi publicado na edição deste mês do periódico Behavior Therapy.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Development of child- and parent-report measures of behavioral avoidance related to childhood anxiety disorders

Onde foi divulgada: periódico Behavior Therapy

Quem fez: Stephen Whiteside, Michelle Gryczkowski, Chelsea Ale, Amy Brown-Jacobsen e Denis McCarthy

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Instituição: Clínica Mayo, EUA

Dados de amostragem: Cerca de 800 jovens de 7 a 18 anos

Resultado: Crianças que não enfrentam seus medos aumentam, em um ano, seus níveis de ansiedade – diferentemente daquelas que, mesmo com medo, tentam enfrentar essas situações.

Participaram da pesquisa mais de 800 jovens de sete a 18 anos. Para realizar o estudo, os pesquisadores desenvolveram dois questionários, um que deveria ser respondido pelas crianças e outro, por seus pais. Ambos os relatórios tinham como objetivo avaliar as medidas de precaução tomadas pelas crianças. Ou seja, a equipe desejava saber se esses jovens, quando sentiam medo de alguma coisa, enfrentavam a situação depois ou simplesmente tentavam manter-se afastados dela o máximo possível.

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Uma das conclusões da pesquisa foi a de que mensurar essa precaução das crianças pode ajudar a determinar o risco de elas terem ansiedade. Isso porque, um ano após a realização do estudo, a maioria dos jovens manteve seus níveis de ansiedade estáveis – ou seja, muito baixos. No entanto, entre os participantes que costumavam evitar situações em que sentiam medo, esses níveis tenderam a crescer depois de 12 meses.

No artigo, os pesquisadores explicam que crianças que evitam enfrentar os seus medos sofrem pois não sabem que eles podem ser administrados. Assim, para alguns jovens, determinados temores podem se intensificar de tal forma que se tornam parte de um transtorno de ansiedade. “Quando as crianças começam a evitar situações de medo, a ansiedade pode se tornar particularmente incapacitante, impedindo a participação dos jovens em atividades diárias”, escreveram os autores em um comunicado da Clínica Mayo.

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De acordo com os pesquisadores, terapias cognitivas e comportamentais são capazes de ajudar crianças que evitam situações das quais sentem medo – os pais dos 25 jovens que participaram do estudo e que foram submetidos a essa abordagem relataram que a frequência desse problema foi reduzidA pela metade em um período de um ano. Por isso, concluiu a equipe, essa terapia pode ajudar a prevenir a ansiedade em crianças que apresentam esse comportamento.

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