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Covid: mudança em sistema do Ministério da Saúde derruba mortes em SP

Registros fatais reduziram em 72% em 24 horas; Porto Alegre também reportou instabilidade na plataforma de registros

Por Mariana Rosário Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 mar 2021, 17h17 - Publicado em 24 mar 2021, 16h19

As mortes no estado de São Paulo passaram de 1.021 na última terça-feira, para 281 nesta quarta-feira. A queda abrupta de um dia para o outro, segundo o secretário de Saúde Jean Gorinchteyn, foi causada por uma mudança no sistema de notificação do Ministério da Saúde, o chamado Sivep-Gripe.

De acordo com Gorinchteyn o sistema foi “burocratizado” sem aviso prévio, o que impediu que diversas cidades da região registrassem corretamente seus dados epidemiológicos. A queda nos registros fatais foi considerada “inesperada”.

A secretaria de SP afirmou por meio de nota que a mudança nos critérios tornou obrigatório o preenchimento de campos como CPF, número de cartão nacional do SUS e a declaração se o paciente é estrangeiro ou não.

O texto pontua que não houve aviso prévio pelo órgão federal para tais alterações. A mudança abrupta não permitiu que “as prefeituras tivessem um período de transição”, diz o documento da pasta estadual. Outro dado pedido é se o paciente foi vacinado para Covid-19 ou não.

A prefeitura de Porto Alegre também afirmou que as mudanças e atualizações pelas quais passaram o sistema causaram períodos de “instabilidade”, o que pode causar o “represamento de dados”. A gestão local, porém, não sabe dizer qual o tamanho do impacto nos registros que a dificuldade de acesso no sistema causará.

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O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) esclareceram, por meio de nota, que solicitaram ao Ministério da Saúde a retirada temporária da obrigatoriedade do preenchimento dos campos CPF ou Cartão Nacional de Saúde (CNS), nacionalidade e imunização do paciente internado no sistema Sivep Gripe (Sistema de Informação de Vigilância de Gripe), onde são inseridos dados de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG e óbitos provocadas por Covid-19.

De acordo com a nota, “isso viabilizaria um período de transição para adequação do registro destas informações nos serviços de saúde”.  O documento pontua que “a solicitação ocorreu pela ausência de comunicado aos estados e municípios em tempo oportuno. Houve o compromisso do ministério de que a solicitação será atendida ainda hoje”.

Procurado, o Ministério da Saúde ainda não deu esclarecimentos sobre o caso. Em coletiva de imprensa, o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que irá avaliar o caso e que a pasta soltará uma nota sobre o tema.

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