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Covid: 4 boas notícias sobre a pandemia no Brasil e outras 4 preocupantes

As curvas de casos e mortes começaram a cair, mas os números diários ainda estão em patamar elevado e qualquer descuido pode alterar esse cenário

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 abr 2021, 18h35 - Publicado em 28 abr 2021, 18h55

Pela primeira vez no ano, a pandemia de coronavírus no Brasil começa a dar sinais de alívio. Recentemente, houve queda real nas curvas de óbitos e casos, redução nas internações e mortes entre idosos, e redução significativa da taxa de transmissão. Por outro lado, o cenário ainda é grave e não permite descuidos.

Melhora nos indicadores

No último sábado, 24, o Brasil apresentou a primeira queda real na curva de mortes, o que não acontecia desde novembro. Na data foram confirmados 2.544,9 novos óbitos, o que indica redução de 15,7% em relação às duas semanas anteriores. Ao longo desta semana, a tendência de queda se manteve. Na mesma data – sábado, 24 -, a média de novos diagnósticos foi de 58.303,4, número 16,9% em comparação com 14 dias atrás.

Os epidemiologistas trabalham com redução na casa dos 15% para considerar o movimento de queda consistente. Qualquer variação inferior a este número mostra que a situação ainda é estável.

Outro indicador positivo é a taxa de transmissão da doença, que caiu para 0,93 nesta semana. Todo índice abaixo de 1 indica que a pandemia está em desaceleração, segundo as balizas da Imperial College, de Londres. O número indica para quantas pessoas cada infectado transmite o vírus. Ou seja, cada 100 pessoas infectadas transmitem o vírus para outras 93, em uma progressão decrescente.

Por fim, já é possível ver o impacto da campanha de vacinação em massa contra a Covid-19 nos primeiros vacinados. No Brasil, a proporção de pacientes com mais de 70 anos internados em leitos de UTI caiu de 47,26% no início de janeiro para 27,89% em meados de abril, de acordo com dados do último Boletim Observatório Covid-19.

Na cidade de São Paulo, que inaugurou a imunização no país com a injeção da enfermeira Monica Calazans, houve redução nas taxas de incidência de síndrome respiratória aguda grave (Srag) por Covid-19 para idosos com idade a partir de 85 anos a partir da penúltima semana de fevereiro. “Para essas faixas etárias, a taxa de incidência de (Srag) por Covid-19 era cerca de 6 a 8 vezes maior que a taxa e incidência geral, e a partir da semana 07 cai para 4 vezes maior que a taxa de incidência geral”, afirma a Secretária Municipal de Saúde de São Paulo. 

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LEIA TAMBÉM: Reinfecção pelo coronavírus: qual o risco real?

Pontos de atenção

Apesar dos sinais de melhora, a pandemia no Brasil ainda é preocupante. Para começar, as curvas caíram, mas os números estão em patamar altíssimo, bem acima dos picos registrados em 2020. São cerca de 2.400 novas mortes e mais de 56.000 casos todos os dias. Em boletim extraordinário publicado nesta quarta-feira, 28, o Observatório Covid-19 Fiocruz alerta que a pandemia “permanece em patamares críticos” e aponta um aumento na taxa de letalidade da Covid-19 no país.

No final de 2020, este indicador se encontrava na faixa de 2%. Ele subiu para 3% na semana de 14 a 20 de março e, na última semana epidemiológica (de 18 a 24 de abril), aumentou para 4,4%.

Além disso, a campanha de vacinação, que é grande esperança para aplacar de vez a pandemia, caminha a passos lentos e sofre atrasos constantes na entrega de doses. O que, por sua vez, impacta negativamente o calendário.

Para se ter ideia, inicialmente, a previsão do governo era vacinar todos os grupos prioritários até maio. Agora, a estimativa foi postergada em quatro meses, para setembro. A alteração no cronograma está associada à entrega de doses pelos principais produtores do país, a Fiocruz e o Instituto Butantan, a demora na oficialização de contratos com a Janssen e a Pfizer e a aposta em vacinas que ainda não foram aprovadas pela Anvisa, como a indiana Covaxin e a russa Sputnik V.

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Outro fator preocupante é o aumento da circulação de novas cepas, mais transmissíveis, no país. Além da cepa P.1., identificada pela primeira vez em Manaus, mas que já está em todo o país, também circula a cepa identificada inicialmente na Inglaterra e, na terça-feira, 27, o Instituto Butantan confirmou a identificação de três novas variantes no estado de São Paulo: a cepa B.1.318, encontrada na Suíça e no Reino Unido, a variante sul-africana B.1.351, já identificada anteriormente na cidade de Sorocaba, e a N9, uma mutação da variante amazônica P1, já observada em vários estados brasileiros.

Segundo o Butantan, a variante sul-africana é a que mais preocupa. As outras duas são, por enquanto, variantes de interesse, ou seja, elas são monitoradas com atenção, mas ainda não indicam um possível agravamento da pandemia.

Diante de todos esses fatores, é fundamental ressaltar que qualquer descuido pode fazer com que os indicadores piorem e as curvas voltem a crescer. Até que a pandemia esteja de fato controlada e em níveis baixos, é necessário manter todos os cuidados preventivos, incluindo uso de máscaras, higienização constante das mãos, não aglomerar e manter o distanciamento social.

Confira o avanço da vacinação no Brasil:

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