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Covid-19: sintomas de longo prazo são raros em crianças, confirma estudo

Pesquisa realizada no Reino Unido com quase 2.000 crianças e adolescentes mostrou que a maioria se recupera da doença em apenas uma semana

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 ago 2021, 19h33 - Publicado em 3 ago 2021, 20h00

Um estudo realizado no Reino Unido com 1.734 crianças entre 5 e 17 anos de idade confirmou que sintomas de longo prazo da Covid-19 são raros nessa faixa etária. De acordo com a pesquisa, publicada nesta terça-feira, 3, na revista científica The Lancet Child & Adolescent Health, crianças infectadas pelo novo coronavírus demoram, em média, uma semana para se recuperar. Aquelas que demoraram mais tempo, apresentaram sintomas da doença por um período de oito semanas. Isso significa que a Covid longa, caracterizada por sintomas persistentes da doença, é mais comum em adultos do que crianças.

LEIA TAMBÉM: Como diferenciar gripe, resfriado ou Covid-19 em crianças?

Pesquisadores da King’s College, de Londres, chegaram a essa conclusão após analisarem dados relatados por pais e cuidadores de crianças no aplicativo ZOE COVID Study, que inclui dados de mais de 250.000 crianças do Reino Unido com idades entre cinco e 17 anos. No estudo, a equipe se concentrou em relatos coletados entre 1 de setembro de 2020 e 22 de fevereiro de 2021. Nesse período, 1.734 crianças desenvolveram sintomas de Covid-19 e testaram positivo para a doença.

Os resultados mostraram que, no geral, essas crianças ficaram doentes por uma média de seis dias e apresentaram em média três sintomas. Apenas 4,4% dos pequenos ficaram doentes por um período superior a quatro semanas. Menos de 2% apresentaram sintomas por mais de oito semanas. Em geral, os sintomas mais persistentes foram fadiga, dor de cabeça e perda de olfato.

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“É reconfortante que o número de crianças que apresentam sintomas de longa duração da Covid-19 seja baixo. No entanto, um pequeno número de crianças sofre de Covid longa e nosso estudo valida as experiências dessas crianças e de suas famílias”, disse a professora Emma Duncan, líder do estudo, em comunicado.

As crianças mais velhas costumavam ficar doentes por mais tempo do que as crianças em idade escolar. Crianças mais velhas também eram mais propensas a ficarem doentes por mais tempo. Os autores destacam que todas as crianças com sintomas persistentes precisam de cuidados multidisciplinares vinculados à educação para apoiar sua recuperação.

Por fim, eles alertam que quase 25% das crianças com diagnóstico positivo para infecção por SARS-CoV-2 durante a segunda onda no Reino Unido não apresentaram sintomas considerados típicos da doença, o que gera um alerta para melhor monitoramento.

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No Brasil, não há dados sobre sintomas persistentes em crianças. Segundo informações do último boletim do Ministério da Saúde, desde o início do ano, 6.472 crianças e adolescentes de 6 a 19 anos foram hospitalizadas com síndrome respiratória aguda grave (Srag) em decorrência de Covid-19. Destas, 593 faleceram.

Vacinação em crianças e adolescentes

Atualmente, apenas o imunizante da Pfizer-BioNTech está aprovado para uso em crianças a partir de 12 anos de idade. A vacinação de pessoas dessa faixa etária está prevista para começar no país em setembro, após a conclusão da aplicação de pelo menos uma dose da vacina contra o Covid-19 e toda a população a partir de 18 anos de idade.

Confira o avanço da vacinação no Brasil:

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