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Covid-19: por que medir a temperatura em locais públicos não é mais eficaz

Novos estudos mostram que a febre não é mais considerada um sintoma inicial da doença para ao menos metade dos infectados – e ainda pode ser camuflada

Por Matheus Deccache 1 jun 2021, 16h07

Já se tornou comum em inúmeros estabelecimentos espalhados pelo Brasil o pedido para se medir a temperatura nas entradas junto com a aplicação do álcool em gel. Ainda muito estimulado em vários estados, há provas de que essa medida, além de não ter eficácia alguma no combate ao novo coronavírus, pode gerar uma falsa sensação de segurança.  

Um dos principais motivos pelo qual a medição de temperatura se tornou uma medida ultrapassada é a evolução dos estudos sobre o novo coronavírus. Já foi atestado que a febre não é mais considerada um sintoma inicial da Covid-19 e nem metade dos infectados apresentam o sintoma. Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) também não recomendam a prática.  

“O implemento de medidas térmicas, seja em pontos de entrada, seja nas cidades/municípios é uma medida inócua, em especial se considerarmos a situação epidemiológica atual e a sobrecarga dos sistemas locais de saúde”, afirma a Anvisa.  

Outro ponto que deve ser levado em consideração é a série de fatores que influenciam a temperatura corporal do ser humano. Uma ida a determinado estabelecimento feita de bicicleta em um dia ensolarado, por exemplo, pode elevar a temperatura do indivíduo mesmo que ele não esteja enfermo. Além disso, um simples antitérmico pode prevenir ou reduzir a febre.  

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No início da pandemia havia poucas informações a respeito do novo coronavírus, portanto a medida era tida como funcional. Com o avanço nos estudos, porém, a medição de temperatura passou a ser vista como algo muito mais teatral do que, de fato, uma medida de segurança.  

Além disso, a falsa sensação de segurança diante do quadro sem febre pode acarretar novos problemas. Com a comprovação de que a temperatura corporal não está alta, abre-se precedentes para o indivíduo agir como se não estivesse infectado, deixando de lado medidas realmente importantes como o uso de máscaras, o distanciamento e o controle de lotação em lugares fechados.

Desde o início da pandemia, mais de 16,3 milhões de brasileiros foram diagnosticados com a Covid-19. Destes, 457 mil vieram a óbito. Além dos altos números, o ritmo de vacinação segue caminhando a passos lentos. Ao todo, pouco mais de 65,3 milhões de doses foram aplicadas na população do país. 

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