Covid-19: Curva de mortes volta à estabilidade após período em alta
Média móvel é 14,5% maior que o registrado há duas semanas; infectologistas definem 15% como ponto de inflexão para que se altere patamar de risco
Após ter seu hiato de 93 dias sem registrar alta na curva de mortes por Covid-19 quebrado – e registrado alta alarmante de 28% na última sexta-feira, 24 – o Brasil voltou a apresentar estabilidade no índice comparativo com as duas semanas anteriores: a média móvel deste domingo, 26, é 14,5% maior que a registrada há 14 dias. De acordo com a avaliação feita por infectologistas, no entanto, a variação de 15% é determinada como ponto de inflexão para que se mude o patamar de risco para alta ou queda. Abaixo disso é considerada a estabilidade.
A média móvel deste domingo – calculada a partir dos dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde – é, ainda, 24,27% menor que a registrada há um ano. Em 26 de setembro de 2020, o levantamento de VEJA computou 696,3 óbitos no índice, que tem hoje como média 527,3 vítimas fatais. Estes dados indicam a potência da campanha de vacinação contra a letalidade do vírus: atualmente, mais de 40% da população brasileira está totalmente imunizada.
Na média móvel de casos, o cenário no Brasil também é de estabilidade. Após uma semana de altas e recordes provocados pelo lançamento de dados represados do Rio de Janeiro e São Paulo no fim de semana passado (18/9), o índice aponta média de 16027 novos diagnósticos, 2,93% a mais do que há duas semanas.
O cálculo da média móvel feito por VEJA consiste em somar todos os registros dos últimos sete dias e dividir o total por sete. Assim, é possível ter uma visão ampla do atual momento da pandemia (confira os gráficos no final da matéria).
Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 8.668 novos diagnósticos positivos e 243 novos óbitos por Covid-19. Em toda a pandemia, são 21.351.972 contaminados pelo vírus e 594.443 vítimas em todo o território nacional.
Os gráficos abaixo mostram a evolução diária da média móvel no Brasil, nas cinco regiões geográficas, nos 26 estados da Federação (mais o Distrito Federal) e nas 27 capitais do país.