Cientistas desenvolvem novo tratamento para câncer na bexiga
Em 30 anos, terapia é o primeiro avanço para a forma avançada da doença

Pesquisadores da Universidade Queen Mary de Londres, na Grã-Bretanha, anunciaram um novo tratamento para câncer de bexiga em estágio avançado, uma doença para a qual não houve avanços nos últimos 30 anos. A descoberta foi relatada nesta quarta-feira no periódico Nature.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: MPDL3280A (anti-PD-L1) treatment leads to clinical activity in metastatic bladder cancer
Onde foi divulgada: periódico Nature
Quem fez: Thomas Powles, Joseph Paul Eder, Gregg D. Fine, Fadi S. Braiteh, Yohann Loriot, Cristina Cruz, Joaquim Bellmunt, Howard A. Burris, Daniel P. Petrylak, entre outros
Instituição: Universidade Queen Mary de Londres, na Grã-Bretanha
Resultado: Um novo medicamento é a primeira alternativa à quimioterapia em 30 anos para tratar câncer de bexiga em estágio avançado
A pesquisa analisou um anticorpo (MPDL3280A) que bloqueia uma proteína (PD-L1) conhecida por ajudar as células cancerígenas a escaparem da vigilância do sistema imune e se espalharem pelo corpo.
Na primeira fase do estudo, 68 pacientes em estágio avançado de câncer de bexiga (que não responderam a tratamentos como a quimioterapia) receberam um remédio com o anticorpo MPDL3280A. Dos voluntários, 30 tinham tumores relacionados à proteína PD-L1.
Resultados – Depois de seis semanas de tratamento, o tumor regrediu em 43% dos participantes cujo câncer era associado à proteína. Essa porcentagem subiu para 52% após doze semanas. Em dois pacientes (7%), o câncer desapareceu. Entre os voluntários que tinham tumores não relacionados à proteína, 11% responderam positivamente à terapia.
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