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Cientistas descobrem como a variante ômicron se liga às células humanas

Estudo da UBC mostra ainda que a nova cepa tem maior escape de anticorpos do sistema imunológico natural dos que os produzidos pela vacina

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 jan 2022, 17h11

Pela primeira vez, cientistas descobriram como a variante ômicron se liga às células humanas através da spike – proteína que o coronavírus utiliza para invadí-las. Por meio da primeira análise estrutural em nível molecular do mundo, pesquisadores da faculdade de medicina da Universidade Columbia Britânica (UBC), no Canadá chegaram à descoberta publicada nesta segunda-feira, 24, na revista Science. “Compreender a estrutura molecular da proteína no pico viral é importante, pois nos permitirá desenvolver tratamentos mais eficazes contra a ômicron e variantes relacionadas no futuro”, disse Sriram Subramaniam, professor de bioquímica e biologia molecular da UBC e principal autor do estudo. “Ao analisar os mecanismos pelos quais o vírus infecta as células humanas, podemos desenvolver melhores tratamentos que interrompem esse processo e neutralizam o vírus”, acrescentou.

A análise estrutural revelou que várias mutações da ômicron criam pontes salinas e ligações de hidrogênio da proteína spike com o receptor celular humano conhecido como ACE2. Os pesquisadores concluíram que essas novas associações parecem aumentar a afinidade de ligação e a força com que o vírus se liga às células humanas. “No geral, os resultados mostram que ômicron tem maior afinidade de ligação do que o vírus original, com níveis mais comparáveis ​​aos que vemos com a variante delta”, explica Subramaniam.

No estudo, os pesquisadores também revelaram que a ômicron tem maior escape de anticorpos do sistema imunológico natural dos que os produzidos pela vacina.  “A ômicron foi menos evasiva da imunidade criada pelas vacinas, em comparação com a imunidade da infecção natural em pacientes não vacinados. Isso confirma que a vacinação continua sendo nossa melhor defesa”, afirma Subramaniam.

Vacinação no Brasil

O Brasil chegou a 352.936.974 doses de vacinas aplicadas até este domingo, 23. De acordo com dados do Ministério da Saúde, das secretarias estaduais de saúde e do site Coronavírus Brasil, 70,7% da população está completamente imunizada. Além disso, 41.267.776 doses de reforço foram aplicadas na população elegível: adultos que já tomaram a segunda dose há quatro meses ou mais. Para que estes números fossem alcançados, já foram distribuídas mais de 381,2 milhões de doses aos estados.

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