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Ciência comprova: crianças inteligentes vivem mais

Quem tem um QI maior desde a infância corre um risco menor de morrer em decorrência de doenças cardíacas e respiratórias

Por Da Redação
3 jul 2017, 14h29

De acordo com um novo estudo publicado no periódico científico British Medical Journal, crianças inteligentes tendem a viver mais do que seus colegas menos dotados. Em comparação, aquelas que têm um QI mais alto podem ter um menor risco de morrer de doenças cardíacas, doenças respiratórias, câncer e derrame na terceira idade.

Pesquisadores da Universidade de Edinburg, Universidade de Oxford e Universidade College London, todas no Reino Unido, acompanharam mais de 65.000 pessoas que, aos 11 anos de idade, fizeram parte do estudo The Scottish Mental Survey, em 1947, para descobrir que influência a inteligência poderia ter na longevidade.

Menores riscos

Eles descobriram que, aos 79 anos de idade, as pessoas que tinham um QI mais alto na infância apresentaram menor risco de morte do que as outras.  Cada 15 pontos acima da média de QI (ou seja, acima de 100), foi associado a um risco 28% menor de morte em decorrência de doenças respiratórias, 25% menos chance de morrer de doença arterial coronariana e 24% menos risco de derrame.

Além das doenças, essas pessoas também apresentar menos tendência a lesões, doenças digestivas e degenerativas, como o Alzheimer. Os 15 pontos adicionais também podem reduzir o risco de câncer de bexiga em 19%, de câncer de pulmão em 25% e câncer de intestino em 11%.

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Outros fatores

Os riscos reduzidos foram observados até mesmo considerando os fatores que poderiam influenciar os resultados, como a idade, sexo e classe social. Na verdade, segundo a pesquisa, condições de vida como o desemprego, a superpopulação e outros fatores são responsáveis por apenas 30% da relação entre QI e mortalidade.

As reduções foram, em grande parte, similares para homens e mulheres. Porém, os pesquisadores também descobriram que, para os homens, um QI maior na infância estava associado a um menor risco de suicídio.

Longevidade e QI

“Sou otimista em relação aos resultados”, disse Ian Deary, principal autor da pesquisa, ao jornal britânico The Telegraph. “Espero que, se conseguirmos descobrir o que as pessoas mais inteligentes fazem, poderemos descobrir como ajudar as outras a viver mais e ter uma vida mais saudável.”

No entanto, os cientistas ainda não sabem exatamente como a inteligência na infância e a longevidade estão relacionadas. “Estilo de vida, educação, conhecimento sobre saúde, melhores condições e fator genético podem desempenhar algum papel. Nós e outras equipes de pesquisa estamos testando essas ideias.”

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Ferramenta para a saúde

Pessoas com QIs mais altos, segundo os autores do estudo, tendem a cuidar mais da saúde e têm menos chances de fumar. Elas também tendem a praticar mais exercícios, usar o cinto de segurança e procurar ajuda médica quando ficam doentes.

Outras evidências sugerem que o QI pode ser um indicador de uma boa combinação genética e maior eficiência do sistema nervoso central. Pesquisas recentes mostraram que um tempo de reação rápido também está associado a um menor risco de morte e um QI maior.

Alguns especialistas ainda acreditam que o QI deveria ser utilizado, junto de fatores de risco do histórico familiar, para prever os riscos das pessoas desenvolverem doenças.

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