Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Casais compartilham os mesmos micróbios, revela estudo

De acordo com nova pesquisa, pessoas que convivem juntas têm os mesmos micro-organismos na pele, principalmente nos pés

Por Da Redação
8 ago 2017, 16h37

Além de dormir na mesma cama, usar o mesmo banheiro e, às vezes, dividir objetos de higiene, um casal pode compartilhar também algo muito peculiar: os micróbios.  É o que sugere uma pesquisa publicada recentemente no mSystems, periódico científico da Sociedade Americana de Microbiologia.

Cada centímetro quadrado de pele é habitado por milhões de bactérias, fungos, vírus e outros micro-organismos diferentes. Para o estudo, os pesquisadores analisaram 330 amostras de pele de 17 partes do corpo de cada um dos 20 participantes(10 casais heterossexuais que viviam juntos). Eles descobriram então que um parceiro pode influenciar a comunidade microbiana presente na pele de seu cônjuge.

Baseados nos dados microbianos, os algoritmos foram capazes de parear os casais com 86% de precisão. “O aspecto mais surpreendente do estudo foi que nós conseguimos identificar uma ‘impressão digital‘ de cada casal que vive junto”, disse ao jornal americano The New York Times o coautor do estudo Josh Neufeld, biólogo da Universidade de Waterloo, no Canadá.

No chão

A parte do corpo com maior probabilidade de hospedar micróbios compartilhados foram os pés. No entanto, os casais também podem compartilhar os mesmos micro-organismos presentes no tronco, umbigo e nas pálpebras. Segundo o estudo, essa troca ocorre em casa – durante o sono, quando os casais compartilham a mesma roupa de cama. Ou ainda quando tomam banho ou andam descalços, por exemplo.

Continua após a publicidade

A maior parte das bactérias presentes na pele é inofensiva ou até mesmo benéfica, prevenindo que outros micro-organismos patogênicos habitem a região. Apesar disso, pouco se sabe sobre esse ecossistema. “Quanto mais sabemos sobre os fatores que influenciam o microbioma humano, mais nós entendemos sobre as barreiras que protegem nosso corpo contra doenças, treinam nosso sistema imunológico e que nos conectam ao meio ambiente”, disse Neufeld.

Gênero

Outro ponto relevante que pode influenciar no ecossistema microbiano de cada pessoa, de acordo com os pesquisadores do estudo, é o gênero. O microbioma da pele próxima à região íntima parece ser específico para cada sexo. Os algoritmos utilizados no estudo foram capazes de diferenciar homens e mulheres com 100% de precisão ao analisar cada amostra.

De acordo com a equipe de pesquisa, por causa da pequena amostragem do estudo, é difícil generalizar os resultados para todas as populações. No entanto, as descobertas podem ser úteis para estudos futuros e aplicações práticas, como a redução da propagação de doenças em ambientes públicos e compartilhados.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.