O estado de São Paulo não irá concluir a entrega de 54 milhões de doses da CoronaVac para o governo federal na terça-feira, 31, como anunciado anteriormente pelo governador João Doria. A quantidade se refere ao total de doses do segundo contrato oficializado com o Ministério da Saúde. A previsão era concluir a entrega um mês antes do prazo, que vence em setembro. Mas, segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, houve uma reprogramação do cronograma.
“Não entregaremos as 54 milhões de doses até amanhã. Nós estamos reprogramando as entregas em virtude de dois fatos. O primeiro fato foi a própria manifestação do Ministério [da Saúde] que excluiu a vacina como sendo a vacina para terceira dose. Temos outros contratos para serem atendidos com outros estados, outros países. Portanto, estamos reprogramando e não vamos finalizar a entrega”, disse Covas em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira, 30.
Na última quarta-feira, 25, o ministro Marcelo Queiroga anunciou a aplicação da dose de reforço de vacinas contra a Covid-19 para idosos acima de 70 anos e pessoas com imunossupressão a partir da segunda quinzena de setembro. A recomendação é que seja usada para a terceira dose a vacina da Pfizer- BioNTech. Também estão autorizados para essa finalidade, independentemente da vacina tomada anteriormente, os imunizantes de Oxford-AstraZeneca e da Janssen, mas não a CoronaVac.
“As 100 milhões de doses serão entregues antes do final de setembro, o mais rápido possível, mas dentro dessa nova realidade, porque o Ministério da Saúde tem a cada dia dado notícias no sentido de descaracterizar, descredenciar a vacina, então vamos repensar o cronograma”, afirmou Covas.