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Brasil poderá comprar vacina da Moderna, diz Bolsonaro

Imunizante apresentou 94,1% de eficácia e já está em uso emergencial nos Estados Unidos

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 jan 2021, 15h44 - Publicado em 1 jan 2021, 15h24

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 31, que o Brasil poderá comprar a vacina contra Covid-19 desenvolvida pela empresa americana Moderna em parceria com o NIH. “Além da Pfizer, temos uma outra [vacina] que se apresenta no momento, uma da Moderna, que poderá ser adquirida pelo Brasil”, disse o presidente em sua live semanal. Em coletiva de imprensa realizada em 8 de outubro, o governo já havia apontado a Moderna como um dos desenvolvedores de vacina que manifestaram interesse em negociar com o Brasil. Desde então, o governo não havia mais falado no assunto.

Sem entrar em detalhes, Bolsonaro disse durante a live que sua equipe foi informada no início da semana sobre um estudo que mostrava 94% de eficácia do imunizante desenvolvido pela Moderna. O estudo em questão foi publicado na quarta-feira, 30, no New England Journal of Medicine e mostrou que a vacina é segura e capaz de prevenir contra formas graves da doença. Embora compartilhe a mesma plataforma da vacina da Pfizer, o mRNA, o imunizante da Moderna não necessita ser armazenado em câmara ultra-fria, o que representa um ponto importante a seu favor.

O governo brasileiro está em uma longa negociação com a farmacêutica americana Pfizer para a compra de 70 milhões de doses do imunizante desenvolvido em parceria com a BioNTech. No entanto, a temperatura de armazenamento da vacina (70 graus negativos) e o termo de isenção de responsabilidade por possíveis efeitos causados pelo imunizante são entraves para o acordo. Bolsonaro fez questão de ressaltar essa questão em sua live. “Se tiver efeito colateral, as empresas não se responsabilizam por isso”, disse.

 

 

Tanto a vacina da Pfizer quanto a da Moderna já estão liberadas e em uso nos Estados Unidos. O imunizante da Pfizer também está sendo aplicado no Reino Unido, Europa, Canadá, entre outros países. O presidente voltou a dizer também que vacinas só serão compradas quando houver aprovação da Anvisa e que a vacinação não será obrigatória. “Parece que agora as empresas vão apresentar documentação junto à Anvisa, e, caso ela certifique, nós imediatamente podemos fazer as tratativas e conseguimos comprar essas vacinas. Até porque parte da população clama por elas, então quem está querendo a vacina a gente vai acertar, da nossa parte, grátis e não obrigatório”, afirmou.

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O governo federal tem acordo formalizado apenas com a AstraZeneca, para distribuição do imunizante desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford. Por meio de uma transferência de tecnologia, a vacina será produzida no país pela Fiocruz. Este imunizante teve seu uso emergencial aprovado esta semana no Reino Unido. No entanto, ainda há controvérsia em relação à sua taxa de eficácia.

O Brasil conta também com a CoronaVac, vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac, que no Brasil será produzida pelo Instituto Butantan, ligado ao governo do Estado de São Paulo, também mediante acordo de transferência de tecnologia.

Na live, Bolsonaro voltou a dizer que não tomará a vacina, sob a justificativa de que já teve a doença e ignorando os recentes casos de reinfecção. Ele também criticou duramente o uso de máscaras como forma de prevenção da doença, embora diversos estudos já tenham comprovado que essa é a melhor forma de proteção.

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