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Asma grave: imunobiológicos serão disponibilizados gratuitamente no Brasil

Recentemente, eles ganharam cobertura dos planos de saúde e, em breve, serão oferecidos também na rede pública

Por Abril Branded Content
Atualizado em 4 jun 2024, 13h41 - Publicado em 7 jun 2021, 11h30

A asma é uma doença pulmonar crônica que atinge cerca de 20 milhões de brasileiros,1 sendo que de 3% a 10% desse total apresenta a sua forma grave,2,3 que implica crises constantes e envolve a procura por serviços de emergência, internações hospitalares e passagens por unidades de terapia intensiva (UTI).4,5,6

A novidade é que, desde abril, quem sofre da doença e possui plano de saúde já conta com a cobertura dos medicamentos imunobiológicos, de última geração, prescritos pelo médico. Recentemente, um desses tratamentos recebeu também parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), indicando que, em breve, estará disponível no SUS. A data da implementação ainda será determinada pela Comissão.7,8

Essas novas perspectivas permitirão que todos os brasileiros que sofrem de asma grave tenham acesso gratuito a terapias modernas, tornando o tratamento mais preciso e personalizado. Esse novo cenário poderá transformar a rotina de quem convive diariamente com falta de ar ou de quem sofre com altas doses de corticoides, uma vez que os medicamentos imunobiológicos se apresentam como uma alternativa para reduzir as crises e ter mais qualidade de vida.9,10

Tratamento de ponta e mais acessível

“A asma é causada por uma inflamação das vias aéreas e entre os seus sintomas estão falta de ar ou dificuldade para respirar, sensação de aperto ou dor no peito, chiado e tosse, que dificultam, e muito, a vida do paciente”, explica Rafael Faraco, especialista em pneumologia e tisiologia pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

A doença não tem cura, mas há medicamentos que permitem ao paciente uma vida normal. “Porém, quando não controlada, há risco de insuficiência respiratória e morte. No Brasil, cerca de três a cinco óbitos por dia são relacionados à asma”, alerta o médico.

Geralmente, o tratamento é realizado à base de corticoides inalatórios (associados a outras medicações). Entretanto, os imunobiológicos vêm revolucionando esse cenário e oferecendo ótimos resultados, como redução das crises, internações e mortalidade, além da melhora na qualidade de vida.8,9,10

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“Cerca de 3,5% das pessoas portadoras de asma não atingem o controle da doença, mesmo utilizando doses otimizadas de corticoides inalatórios. Nesses casos, os imunobiológicos são indicados e se mostram um avanço importante”, explica Faraco.

Jornada desafiadora

O médico explica que as crises podem surgir em todas as idades. “E, quando a asma é grave, o paciente enfrenta uma rotina difícil e complexa, já que a falta de ar é severa e persistente, não conseguindo realizar as atividades do dia a dia, como ir do sofá ao banheiro, falar, exercitar-se nem caminhar”.1

Para a presidente da Associação Brasileira de Asma Grave (Asbag), Raissa Cipriano, “a falta de informação e o direcionamento tardio para um especialista são obstáculos na jornada do paciente com asma grave”. Enquanto os adultos levam, em média, quatro anos entre os primeiros sintomas e o diagnóstico, as crianças demoram um ano.2

Mudança de vida

Com o uso dos imunobiológicos, atividades simples e corriqueiras voltam a fazer parte do dia a dia das pessoas com asma, que se sentem mais independentes e confiantes.

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A executiva Sandra Humer, 51 anos, agora aposentada, convive com a asma grave há oito anos. Hoje, a doença está controlada, mas ela sentiu na pele os afastamentos recorrentes do trabalho por conta da doença, além de internações hospitalares, chegando a ir para a UTI algumas vezes. “Não conseguia tomar banho, andar com os colegas para almoçar ou arrumar a cama”, conta.

Atualmente, ela usa medicação imunobiológica e tem uma vida normal, viaja, caminha diariamente até 5 quilômetros, nada e dança sempre que pode. “Antes usava uma quantidade alta de corticoides e tinha quadros de pneumonia. Cheguei a engordar, ficar inchada. Felizmente, meu marido sempre esteve ao meu lado durante essa jornada”, lembra.

Já a pequena G., 8 anos, filha de Raissa, sofre com os sintomas da asma grave desde os primeiros meses de vida, mas só teve o diagnóstico aos 2 anos. “Passamos por vários médicos, inúmeras crises, 32 internações e a necessidade de uso constante de oxigênio. Foi apenas com 4 anos que ela recebeu o tratamento adequado. Hoje, tem uma vida normal, corre, brinca, vai à escola, mas antes se cansava para falar, ir do sofá da sala ao banheiro e não conseguia alcançar a irmã mais nova nas brincadeiras”, conta Raissa.

“Estamos sempre em busca de tratamentos mais eficazes, e a liberação dos imunobiológicos representa uma revolução no controle da doença, permitindo ao paciente ter melhor qualidade de vida e saúde, maior liberdade para realizar as atividades que deseja; e traz maior conforto aos pais, afinal só quem tem crianças com asma grave sabe como os cuidados começam do raiar do dia e seguem, muitas vezes, pela madrugada”, acrescenta a mãe.

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Nunca é demais lembrar

O acompanhamento da doença e o retorno às consultas médicas são essenciais, já que há um novo arsenal terapêutico disponível e gratuito. Além disso, os pacientes com asma grave foram priorizados pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) para vacinação contra Covid-19.

Asma Grave
(Estúdio Abril Branded Content/Estúdio ABC)
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