PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Anvisa suspende exigência de fase 3 no país para autorização emergencial

Agência anunciou alterações no Guia de Uso Emergencial de Vacinas que podem facilitar autorização de imunizantes como Sputnik V e da Moderna

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 mar 2021, 14h17 - Publicado em 3 fev 2021, 18h37

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta quarta-feira, 3, alterações no Guia de Uso Emergencial de Vacinas contra a Covid-19. Entre as mudanças, está a suspensão da exigência da realização de estudos de fase 3 no Brasil para aprovação de uso emergencial de um imunizante no país.

Inicialmente, o Guia demandava que “a vacina deve possuir […] ensaio clínico fase 3, pelo menos, em andamento e em condução no Brasil”. Agora, a agência fiz que a empresa deve “preferencialmente” realizar o ensaio no país. Por outro lado, a Anvisa ressalta que deve ter acesso à totalidade de dados do estudo. Também é necessário demonstrar que estudos pré-clínicos e clínicos foram conduzidos conforme as diretrizes aceitas nacional e internacionalmente.

Para vacinas que não tem estudos em realização no país, a Anvisa definiu um prazo maior para o parecer da solicitação de uso emergencial. Enquanto nas vacinas com estudos realizados no país, o prazo é de 10 dias, para as demais, o prazo é de 30 dias. A empresa deve ainda garantir que os voluntários que participaram dos testes serão acompanhados por pelo menos um ano e precisa ainda se comprometer a pedir o registro definitivo da vacina no país.

Gustavo Mendes, gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa, disse que “de maneira alguma” as alterações anunciadas hoje significam uma “flexibilização ou uma mudança nos critérios mínimos de segurança e eficácia” exigidos pela agência. “Nós não vamos diminuir o rigor técnico para vacina nenhuma. […] Para as vacinas que virão sem o estudo fase 3 [no Brasil], nós esperamos a mesma resposta técnica [das vacinas cujos estudos foram realizados no Brasil]. Acesso a todos os dados, o mesmo rigor de segurança, o mesmo critério de eficácia”, ressalta Mendes.

A decisão pode facilitar a liberação de vacinas como a Sputnik V, da Rússia, e a da americana Moderna, cujos ensaios fase 3 foram conduzidos fora do país. A mudança ocorre logo após a publicação de resultados preliminares do estudo fase 3 da Sputnik V em uma renomada revista científica, a The Lancet, e em um momento em que a Anvisa é pressionada a liberar a vacina no país.

Continua após a publicidade

Mesmo assim, a Anvisa afirma que as alterações já estavam sendo discutidas internamente e que não foram motivadas por questões políticas nem por pressão de empresas. “Essa atualização faz parte da estratégia do Brasil de ter acesso a uma vacina. Ela está apartada de qualquer discussão que não seja do âmbito técnico para que o Brasil tenha uma vacina com eficácia e segurança”, disse a diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, em entrevista coletiva de imprensa.

 

 

 

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.