Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Anvisa se coloca favorável à liberação do canabidiol

Decisão final sobre a reclassificação da substância será tomada nesta quarta-feira, mas documento elaborado pela agência aponta para a mudança

Por Da Redação
14 jan 2015, 09h48

O relatório técnico feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é favorável à liberação do uso terapêutico do canabidiol, substância presente na maconha. O documento deverá ser peça-chave para nortear a decisão de diretores da agência sobre o assunto, marcada para esta quarta-feira.

Saiba mais

Em agosto de 2013, a rede americana CNN exibiu uma reportagem sobre a história de Charlotte Figi, hoje com sete anos e portadora de Síndrome de Dravet, uma forma rara e grave de epilepsia. Aos cinco anos, ela sofria 300 convulsões graves por semana e havia perdido a capacidade de andar, falar e comer. Sua família decidiu tratá-la com o extrato de um tipo de cannabis rico em canabidiol. Aos seis anos, Charlotte voltou a andar e a falar, e seus episódios de convulsões foram reduzidos para duas a três vezes por mês. Depois de Charlotte, outras histórias semelhantes se tornaram conhecidas. No Brasil, famílias entraram na Justiça para terem o direito de importar o extrato de canabidiol.

O canabidiol é um dos 80 componentes da cannabis. Sozinho, ele não provoca dependência nem desencadeia efeitos psicoativos. Mesmo assim, consta atualmente na lista de substâncias proibidas pela Anvisa. Se a mudança de classificação do canabidiol for aprovada, a substância passará a fazer parte da lista C1, de uso terapêutico permitido, mas sujeito a controle.

Continua após a publicidade

A liberação do canabidiol é uma reivindicação de familiares de crianças e adolescentes que têm crises repetidas de convulsão e que não respondem aos tratamentos convencionais. O tema vem sendo discutido na Anvisa desde o ano passado. Em abril, a reclassificação do produto foi avaliada pela agência, que acabou adiando a decisão. Na última semana de dezembro, o relator do assunto na Anvisa, Renato Porto, reuniu-se com integrantes do movimento que luta pela liberação do uso do canabidiol. Na conversa, ele adiantou que várias dúvidas existentes sobre o assunto haviam sido esclarecidas.

Leia também:

Anvisa adia decisão sobre liberação de medicamentos derivado da maconha

Continua após a publicidade

No Mês passado, o Conselho Federal de Medicina autorizou neurocirurgiões e psiquiatras a prescrever remédios à base de canabidiol para crianças e adolescentes com epilepsia, cujos tratamentos convencionais não surtiram efeito. Mesmo assim, como a substância não é aprovada pela Anvisa, familiares de pacientes que desejam importar o canabidiol precisam, munidos de receita médica, entrar com pedido na agência, que analisa cada caso individualmente. Até dezembro, chegaram ao órgão quase 300 pedidos para importação.

Substância – Estudos têm demonstrado o potencial do canabidiol em diminuir a frequência de crises convulsivas entre pacientes com doenças neurológicas graves. Outras pesquisas apontam que a substância também pode ajudar no tratamento de doenças como Parkinson e esquizofrenia.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.