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Anvisa libera uso emergencial de molnupiravir contra Covid-19

MSD negocia transferência de tecnologia para que antiviral oral seja produzido pela Fiocruz no Brasil

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jul 2022, 17h36 - Publicado em 4 Maio 2022, 16h28

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a autorização para uso emergencial do molnupiravir, antiviral oral da farmacêutica Merck – MSD no Brasil – contra a Covid-19. A solicitação foi feita em novembro do ano passado.

Gerente-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos, Gustavo Mendes apresentou os dados sobre segurança e eficácia do tratamento e fez a recomendação de aprovação do medicamento para a Diretoria Colegiada da agência. “Consideramos que as informações relativas ao produto são satisfatórias, tendo em vista que foi aprovado por outras agências regulatórias.” No entanto, alertou que a Anvisa deve monitorar incertezas sobre a avaliação de qualidade, como a estabilidade do insumo farmacêutico ativo (IFA) e do produto acabado e incertezas sobre avaliação de qualidade.

Mendes destacou que o medicamento não pode ser usado por mulheres grávidas nem durante a amamentação. Entre os efeitos colaterais, estão: náusea, enxaqueca e dor de cabeça.

A diretora relatora da Anvisa, Meiruze Sousa Freitas, afirmou que as medidas de uso de máscara, distanciamento sociais e higiene das mãos foram importantes para evitar colapsos durante a pandemia, mas que novas ações devem ser incorporadas. “A pandemia apenas ficará sob controle com medidas preventivas, especialmente a vacinação, e ferramentas terapêuticas eficazes e com possibilidade de amplo acesso.”

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Ela ressaltou que o molnupiravir “trata uma necessidade médica não atendida e há benefícios em sua disponibilidade imediata”.

Em nota, a MSD informou que negocia a transferência de tecnologia do antiviral para que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) seja a responsável pela produção no país. Segundo a empresa, também será analisada a possibilidade de estudos com o antiviral para infecções virais, como dengue e chikungunya.

“As conversas estão adiantadas e a parceria será feita em etapas, sendo a primeira focada na distribuição do molnupiravir para o SUS”, disse, em comunicado à imprensa, Mário Ferrari, diretor da unidade de negócios de Infectologia da MSD.

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Estudo apresentado pela farmacêutica, publicado no periódico The New England Journal of Medicine, com pacientes na fase inicial da doença apontou que a medicação é capaz de reduzir casos graves e mortes em 30%. O remédio é indicado para adultos que não estão hospitalizados e que podem evoluir para formas graves da doença. O prazo de tratamento é de cinco dias após o início dos sintomas.

No dia 30 de março, a Anvisa liberou o uso emergencial do antiviral oral contra a Covid-19 da Pfizer, o Paxlovid. O remédio é indicado na fase inicial da doença para pacientes com alto risco de evoluir para casos graves da doença. Estudos realizados pela farmacêutica apontaram que o remédio é capaz de reduzir os riscos de internação e morte em 89%. Pesquisas indicaram que o antiviral também é eficaz para a variante de preocupação ômicron.

No início do mês passado, o Ministério da Saúde aprovou a incorporação do baricitinibe para o tratamento da Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS).

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Primeiro remédio contra a doença a ser incorporado no sistema, o remédio, de uso oral, é indicado para adultos hospitalizados que precisam de oxigênio por máscara ou cateter nasal e casos de necessidade de alto fluxo de oxigênio ou ventilação não invasiva. Estudos com 2,5 mil participantes, duplo-cegos, randomizados e controlados por placebo, apontaram que o baricitinibe demonstrou potencial para reduzir a mortalidade no 28° dia do tratamento em 38%. O tratamento consiste em um comprimido por dia durante 14 dias ou até o paciente receber alta.

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