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Anvisa: hospitais devem informar casos associados ao cigarro eletrônico

O objetivo é prevenir a crise de saúde que ocorre agora nos Estados Unidos, país em que houve pelo menos 11 mortes ligadas ao dispositivo

Por Redação
Atualizado em 2 out 2019, 16h59 - Publicado em 2 out 2019, 16h45

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou a 252 instituições de saúde do Brasil que enviem alertas sobre qualquer relato de problemas relacionados ao uso de cigarros eletrônicos. A mesma solicitação foi feita ao Conselho Federal de medicina (CFM) para que os médicos fiquem atentos e relatem suas suspeitas. O pedido acontece em meio a uma crise de saúde nos Estados Unidos, onde há registro de pelo menos 11 mortes e 450 casos de doenças pulmonares relacionadas a utilização do produto.

O monitoramento se estende a cigarros eletrônicos, vaporizadores, cigarros de tabaco aquecido e outros dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs). “A ação tem como objetivo reunir informações para antecipar e prevenir uma crise de saúde como a que tem sido noticiada nos Estados Unidos, onde há casos de uma doença respiratória grave, levando a óbitos, associada ao uso desses dispositivos”, explicou a Anvisa em nota

No Brasil, desde 2009 é proibida a comercialização, importação e propaganda de todos os dispositivos eletrônicos para fumar. No entanto, não há impedimento para o uso do produto, que pode ser trazido do exterior ou adquirido pela internet.

Os dados obtidos através das notificações servirão para fazer um diagnóstico nacional. Isso porque já foi verificado que os cigarros eletrônicos vêm sendo utilizados em alguns estados brasileiros.

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Doença respiratória

Os registros dos problemas de saúde associados ao uso do cigarro eletrônico nos Estados Unidos parecem ter começado em abril. A maioria das vítimas eram homens jovens com idade média de 19 anos. Muitos foram levados ao hospital e tiveram que ser internados em unidades de terapia intensiva (UTI); outros precisaram até mesmo de máscara respiratória. A primeira morte foi registrada em agosto.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), os sintomas iniciais da doença são tosse, dor no peito e/ou falta de ar. Outros sintomas relatados incluem náusea, vômito, diarreia, fadiga, febre e perda de peso. Em muitos casos, os sintomas vão se agravando até ser necessário a hospitalização da pessoa devido a manifestação da Síndrome do Desconforto Respiratório Aguda (SDRA), condição caracterizada pelo acúmulo de fluido nos pulmões, o que impede que o oxigênio seja levado à corrente sanguínea. 

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Causas

Apesar das inúmeras mortes, os médicos ainda não conseguiram identificar quais componentes do cigarro eletrônico estão diretamente associado à doença. Por enquanto o que se sabe é que todos os pacientes utilizaram o produto nos últimos 90 dias. A maioria relatou ter posto no aparelho THC, o componente psicoativo da maconha, no aparelho.

A Food and Drug Administration, agência americana que regula alimentos e medicamentos, informou que muitos dos produtos com THC continham altas quantidades de acetato de vitamina E, um óleo usado para engrossar o líquido vaporizado no cigarro eletrônico. Esse óleo pode ser prejudicial à saúde quando inalado. Ainda assim, alguns pacientes utilizaram apenas nicotina, o que indica que o cigarro em si pode ser o problema. 

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Por causa dessas ocorrências, os Estados Unidos estudam banir o cigarro eletrônico com sabor.

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