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Americano sofre crise epilética ao assistir filme da saga Crepúsculo

Brandon Gephart teve convulsões induzidas por estímulos de luzes e cores

Por Da Redação
29 nov 2011, 19h41

Parece que não são apenas os críticos que têm reações adversas assistindo aos filmes da saga Crepúsculo. Durante uma sessão de cinema do filme Amanhecer – Parte 1, em Sacramento, na Califórnia, um rapaz sofreu uma crise epilética depois de ver uma cena em que há fortes luzes piscando e alternando-se entre as cores preta, branca e vermelha. Além dele, diversas pessoas nos Estados Unidos relataram ter sofrido o mesmo problema ao assistir o longa-metragem.

Brandon Gephart estava no cinema com sua namorada Kelly Bauman quando começou a ter convulsões e dificuldades para respirar. “Eu só me lembro de acordar no chão do cinema e olhar todos ao meu redor, sem entender o que tinha acontecido comigo”, disse o americano à rede de televisão CBS. O ocorrido aconteceu no dia 18 de novembro, mas só foi divulgado recentemente pois, segundo a emissora, mais casos semelhantes foram relatados no país.

De acordo com a neurologista e chefe do Setor de Epilepsia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Elza Márcia Yacubian, Gephart sofreu de uma crise epilética induzida por estímulos luminosos. “Porém, não podemos dizer que ele necessariamente tenha epilepsia. Todas as pessoas estão sujeitas a sofrer esse tipo de crise com estímulos de flashes de luz ou de cores muito fortes, vindos de filmes, videogames, computadores ou luzes baladas, por exemplo. Mas isso não significa que vai acontecer com todos”, afirma a médica.

A prevalência de crises epiléticas provocadas por estímulos luminosos é de 1 por 10.000 pessoas, sendo mais frequentes em adolescentes e mulheres. A incidência muda para 1 para 4.000 em indivíduos de 5 a 24 anos de idade.

Japão – Um episódio parecido aconteceu com o desenho japonês Pokemon, em 1997. Em uma das cenas, fortes luzes vermelhas e azuis que se alternavam provocaram crises epiléticas em várias crianças que assistiam ao desenho no Japão. “Essas crises acontecem pois há uma descarga excessiva nas células nervosas, podendo provocar desde falhas no movimento até convulsões”, diz Yacubian.

Perguntas e respostas sobre epilepsia

Todos que sofrem uma crise epilética têm epilepsia?

Não. Existem vários tipos de crises epiléticas, algumas são induzidas por fatores como os estímulos luminosos ou uma febre alta, e outras são espontâneas, ou seja, não são provocadas por nenhum fator. Quem tem epilepsia necessariamente sofreu, sofre ou apresenta tendência a ter crise epilética espontânea, mas também pode ter outras crises.

Qualquer um pode ter uma crise epilética com filmes, desenhos animados, vídeogames e computadores?

Embora não seja comum (1 pessoa em cada 10.000), qualquer um pode sofrer essa crise. Seja induzida pela fotosenssibilidade, que é a sensibilidade a flashes de luz, ou pela sensibilidade a alterações rápidas das cores vermelha e azul. Porém, essa crise é mais comum entre aqueles que estão na puberdade e em mulheres, e sua probabilidade tende a cair após os 25 anos.

É possível identificar a tendência para crises epiléticas?

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Sim. Exames como o eletroencefalograma são capazes de identificar se uma pessoa tem mais sensibilidade à luz ou então se tem epilepsia.

Como evitar essas crises?

Uma pessoa que já tenha apresentado fotossensibilidade deve procurar assistir televisão em telas pequenas, com uma distância de pelo menos dois metros e em ambientes iluminados. Devem também evitar jogos de vídeogame, ou jogar afastada da tela, e não permanecer longos períodos em frente a telas de computadores. Aqueles que têm epilepsia, além dessas medidas, devem ser tratados com medicamentos antiepilépticos específicos.

O que fazer quando alguém está tendo uma crise epilética?

Com exceção de casos mais raros, as crises não duram mais do que um minuto. O ideal é virar a pessoa de lado com muito cuidado, afrouxar suas roupas e esperar a crise passar. É importante lembrar que uma pessoa, ao ter uma crise, deixa de respirar pois seu centro respiratório não está funcionando, e não porque a língua está impedindo. Não há, portanto, a necessidade de desenrolar a língua.

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