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Aborto espontâneo é muito mais comum do que se imagina

Segundo pesquisa, a maioria das pessoas acha que o problema é muito raro quando, na verdade, é algo frequente -- ocorrendo em até 20% das gestações

Por Da Redação
12 Maio 2015, 18h01

O aborto, mesmo que espontâneo, é um assunto extremamente delicado para as famílias e cercado de tabus. Por isso, sabe-se muito pouco a respeito do assunto. É o que mostra uma nova pesquisa publicada na revista científica Obstetrics & Gynecology. De acordo com os resultados, 55% das pessoas acreditam que o aborto acontece em menos de 5% de todas as gestações. Mas, na realidade, a frequência é maior: de 15% a 20% dos casos.

Considera-se aborto espontâneo quando há interrupção até a 22ª semana de gestação e se o feto estiver com peso menor que 500 gramas. Estima-se que 60% dos casos estão associados a malformações genéticas. Além disso, os abortos podem ocorrer por problemas de saúde da mãe, como doenças autoimunes, alterações no útero ou distúrbios hormonais.

A pesquisa mostrou que a desinformação vai além. A maioria dos entrevistados acredita – de forma incorreta — que a interrupção da gravidez ocorra por motivos mais corriqueiros: 76% acham que um evento estressante causa aborto e outros 74% o associam a uma vida cheia de tensões. Além disso, para 22% o uso prévio de pílula anticoncepcional ou de dispositivo intrauterino (DIU) poderia provocar aborto.

Participaram do estudo 1 084 pessoas com mais de 18 anos de idade, sendo 45% homens e 55% mulheres. Da amostra, 15% haviam sofrido aborto espontâneo. Entre esses os casais que sofreram aborto, 47% sentiram-se culpados; 41% pensaram ter feito algo errado; e 28% ficaram envergonhados. Somente 45% achou que teve apoio emocional necessário da comunidade médica.

“Os resultados de nossa pesquisa indicam equívocos generalizados sobre a prevalência e as causas de aborto. Como o aborto é muito comum, mas raramente discutido, muitas mulheres e casais sentem-se isolados e sozinhos. Precisamos educar melhor as pessoas sobre o tema, o que poderia ajudar a reduzir a vergonha e o estigma associado a ele”, disse o autor principal do estudo Zev Williams, da Yeshiva University, nos Estados Unidos.

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