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A ciência de perder peso comendo com prazer

Neurocientista americana lança livro explicando como o sistema nervoso reage à alimentação — e como sentir prazer ao se alimentar pode ajudar a emagrecer

Por Mariana Janjacomo
5 jul 2013, 14h35

É possível emagrecer sem fazer dieta. Das saladas aos chocolates, basta que se coma de maneira consciente – mastigando bastante, escolhendo produtos, de preferência, em feiras de rua e começando a refeição pelos itens do prato que lhe dão mais prazer. A nova proposta da neurocientista americana Darya Pino Rose é o que ela chama de uma “não-dieta”. “O que precisa ser evitado é o exagero”, diz. Darya não conta calorias, nem restringe carboidratos ou evita açúcar. Formada em neurociência pela Universidade da Califórnia, ela acredita que ao pensar a comida como algo prazeroso, que deve ser degustado, acaba-se ingerindo porções menores – e, assim, emagrecendo com saúde. As dicas dela foram lançadas no livro Foodist – Using real food and real science to lose weight without dieting (Foodist – Usando comida e ciência de verdade para emagrecer sem fazer dieta, em tradução livre), ainda sem previsão de lançamento para o Brasil.

Biblioteca

Foodist – Using Real Food and Real Science to Lose Weight Without Dieting

Foodist
Foodist (VEJA)

‘Foodist’ é um guia com dicas para quem quer não apenas perder peso, mas fazê-lo de uma maneira prazerosa. Formada em neurociência, a autora do livro usa o conhecimento científico como seu maior aliado na busca por uma vida mais saudável, sem sacrifícios.

Autora: DARYA PINO ROSE

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Editora: HARPER ONE.

Depois de tentar diversas dietas e não conseguir sucesso com nenhuma delas, Darya começou a estudar a ciência que existe por trás da nutrição. “Percebi que ser saudável é o melhor jeito para emagrecer”, diz. Manter um hábito saudável, recomendação já há muito indicada por médicos, passou a fazer sentido apenas quando o cérebro entrou na jogada. São inúmeras as funções do sistema nervoso na alimentação. Um exemplo é o ato de mastigar. Quando a pessoa come com mais calma, mastigando o número suficiente de vezes, as chances dela prestar atenção naquilo que está comendo, e se controlar, são muito maiores.

Além disso, se alimentar mais lentamente também ajuda a entender melhor o que está acontecendo. Isso porque durante uma refeição o cérebro tem apenas um foco: preencher o estômago – o que, de imediato, não provoca a sensação de saciedade. Entre saciar o estômago e parar de sentir fome, há um processo que envolve liberação de hormônios e sinais visuais de que a refeição terminou. Esse processo demora cerca de 20 minutos, e só depois dele há a sensação de saciedade. “Se você come muito depressa, corre o risco de ingerir mais comida do que seu corpo precisa”, diz Darya.

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Criando hábitos – Entre as dicas para adotar o modo foodist (como Darya batizou seu método) de comer, uma das mais importantes é a de comer primeiro os alimentos mais saborosos do prato. Só o cheiro da comida já é o suficiente para que o metabolismo comece a agir. Segundo Darya, o pedaço de comida mais apreciado na hora da refeição é aquele que se come primeiro. “Se você começar pelo que mais gosta, fica muito mais fácil parar de comer. Você tem a certeza de que já comeu a melhor parte”, explica.

Esse truque, no entanto, precisa se tornar um hábito automático. De acordo com a neurocientista, para evitar um fenômeno conhecido como “fadiga de decisões”, em que o cérebro precisa usar um grande estoque de energia para tomar muitas decisões em um dia, o órgão ativa um mecanismo por meio do qual 90% das decisões diárias ligadas à comida são resultantes de hábitos, e não de ações conscientes.

A necessidade de se criar hábitos também explica a razão pela qual Darya acredita que só é possível emagrecer quando a pessoa come o que gosta. Mas isso não significa, no entanto, que aos apaixonados por fritura, o bacon deva ser uma constante no prato. Segundo Darya, é preciso que se encontre quais são os alimentos preferidos entre aqueles considerados saudáveis. Em seguida, reforçar o gosto por essa comida. Isso por que o cérebro tem um sistema de recompensa que usa um neurotransmissor chamado dopamina. Quando fazemos coisas que gostamos – e isso inclui comer alimentos que gostamos – nosso cérebro recebe uma descarga de dopamina. “Isso reforça nosso desejo de repetir aquela ação sempre que possível. É assim que nasce um hábito”, explica.

Dieta na rede – As dicas mais valiosas de Darya estão também publicadas no blog Summer Tomato, criado em 2009. “Depois que comecei a comer melhor, me senti mais disposta. E eu nem estava fazendo dieta, aí pensei: todo mundo precisa saber disso”. Nos textos publicados em seu blog, a neurocientista não compartilha regras de alimentação, mas tenta estimular as leitoras a terem uma rotina alimentar mais saudável. Darya ensina a fugir das dietas porque, diz, embarcar em um regime pode virar um tiro no pé, já que o sinal que a dieta manda ao cérebro é de que, obviamente, algo é proibido. “Fazer isso é praticamente se programar para, mais cedo ou mais tarde, ter uma overdose daquilo que era tão proibido.”

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