88% dos laboratórios têm problemas de reposição de testes para Covid-19
Segundo dados de pesquisa do SindHosp, os serviços de saúde privados registraram 99% de aumento de testagem para a Covid-19 e 92% em testagem para Influenza
Uma pesquisa feita pelo SindHosp -Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, divulgada nesta terça-feira, 18, indicou que 88% dos laboratórios privados enfrentam problemas para reposição de testes para Covid-19 e Influenza. Segundo dados do levantamento, os laboratórios registraram 99% de aumento de testagem para a Covid-19 e 92% em testagem para a Influenza em relação aos últimos 15 dias. Ou seja, o crescimento de testes para o coronavírus subiu 100% em 92% dos laboratórios, registrando alta de 501% a 1000% em serviços de saúde de algumas regiões do interior como Jacareí e São José do Rio Preto. Por conta desse aumento de atendimento maior do que a capacidade de testagem, os serviços de saúde estão ficando desabastecidos.
Em uma amostra de 111 laboratórios privados, mais da metade disse ter estoque de testes para as duas doenças para menos de 7 dias e 22,5%, a maioria no interior do estado paulista, para 15 a 21 dias. “Não há previsão de prazo para saber até quando poderemos manter o atendimento laboratorial nesses níveis tão elevados, pois os estoques variam muito entre os laboratórios e as regiões, sendo que o desabastecimento atinge mais rapidamente pequenos e médios laboratórios, já que as grandes redes possuem maior capacidade de compra e de estocagem”, diz Francisco Balestrin, presidente do SindHosp. Segundo o médico, a situação pode repetir o que aconteceu em 2021 quando o avanço da variante delta promoveu uma sobrecarga nos hospitais, provocando falta de materiais, medicamentos e oxigênio.
A pesquisa também constatou que os testes positivos de Covid-19 são predominantes entre pacientes de 30 a 50 anos. No levantamento, 75% dos laboratórios informaram utilizar o teste PCR e 25% o teste rápido/antígeno. “Mas é imprescindível que a população continue se vacinando em massa e que não abandone as medidas de segurança à saúde: máscara, lavagem de mãos e distanciamento social”, acrescenta Balestrin.