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Um povo que acolhe e rejeita

Pesquisa revela que uma grande parcela de brasileiros vê a imigração como algo negativo. Como contraponto, há cada vez mais iniciativas apoioando refugiados

Por Duda Teixeira e Johanna Nublat | Fotos: J.R. Duran
Atualizado em 16 fev 2018, 06h00 - Publicado em 16 fev 2018, 06h00

“Nosso país está sendo invadido por homens-bomba miseráveis, que mataram crianças e adolescentes. Eles não valem nada.”

“Sem essa de abrir as portas para estrangeiros. Não podem vir aqui tirar o trabalho da gente. Os filhos deles não podem se matricular nas nossas escolas.”

“E tem gente que acha bonito um país como o nosso importar mais pobres, como se os nossos já não fossem o suficiente. Prédios transformados em favelas, abrigando todo tipo de marginal, uma vergonha.”

“Em breve, haverá mais estrangeiro que nacional. Aqui se legaliza todo mundo. Vão querer bolsas, cotas… E o povo que se lasque para pagar impostos. Vá estudar na universidade do seu país, deve ser ótima.”

As frases acima foram coletadas pela reportagem de VEJA em filas de supermercados, em restaurantes, nas ruas e nas redes sociais. Não foram ditas nas fronteiras do Leste Europeu, em que policiais prendem e espancam imigrantes vindos do Oriente Médio. Não foram ouvidas em cidadezinhas do sul dos Estados Unidos onde grupos supremacistas brancos e xenófobos celebram sua intolerância. Os autores das frases são, sem exceção, brasileiros — um povo que se vê como hospitaleiro e amigável, do tipo que recebe os estrangeiros de braços abertos. Entre os principais alvos daquelas críticas ácidas estão venezuelanos, colombianos, sírios, cubanos e haitianos, como os que ilustram as páginas desta reportagem.

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O clichê patriótico de que o Brasil é aberto e cordial não sobrevive a dez minutos de conversa com um desses imigrantes que aportaram no país nos últimos cinco anos. Quando a acolhida calorosa aos estrangeiros — que também existe, é claro — e a repulsa são postas em uma balança imaginária, o sentimento negativo é o que mais pesa no Brasil de hoje. Uma pesquisa realizada pelo instituto Ideia Big Data, a pedido de VEJA, com 5 034 brasileiros mostrou que 44% consideram ruim a imigração de trabalhadores estrangeiros. Apenas 33% acham isso positivo. Levantamento similar feito pelo Ibope Inteligência em 2015 revelou que o Brasil é um dos países emergentes com maior rejeição aos imigrantes. Entre os mexicanos, por exemplo, 51% viam a entrada de estrangeiros como algo positivo. Na Índia, essa opinião era compartilhada por 63% da população (veja o mapa abaixo).

Xenofobia é o medo, a antipatia ou a desconfiança em relação a pessoas que vêm de fora do país. A xenofobia à brasileira, no entanto, tem peculiaridades únicas. Ao contrário do que ocorre em outras nações, não há, por aqui, pichações nos muros pedindo a saída dos imigrantes. Tampouco existem partidos políticos que incluam isso em seus programas de governo. Ataques violentos contra estrangeiros são raros e, quando ocorrem, como o enfrentado pelo sírio Mohamed Ali Kenawy no Rio de Janeiro (veja depoimento mais abaixo), quase nunca são premeditados. Mesmo o número daqueles que acham que os estrangeiros são um mal não chega a ser uma aberração. Manifestações xenófobas são esporádicas, fugazes e desorganizadas. Estão em pequenos gestos cotidianos que só os estrangeiros percebem.

A manicure venezuelana Karla Canache, de 27 anos, veio para o Brasil com o marido há cinco anos e vive em Boa Vista, capital de Roraima. Ao escutar que ela falava com sotaque, um homem furou a fila
do mercado na frente dela. Quando Karla reclamou, ele disse: “Quer reclamar? Então volte para o seu país”. Outro sujeito mandou uma mensagem para o seu celular, cujo número estava estampado em uma placa na fachada do seu salão de beleza, e perguntou se ela fazia programa. “Quando respondi que não, ele perguntou se eu tinha amigas que faziam programa” (J.R. Duran/VEJA)

Tudo isso decorre de uma vantagem da miscigenação brasileira: a pouca importância que a questão étnica tem na sociedade. “No Brasil, ao contrário do que acontece com os movimentos nacionalistas da Europa, não existe uma ideia do que é ser brasileiro pelo sangue ou pela etnia. Há diversos tipos possíveis, unificados por uma ideia de país. Isso enfraquece os radicalismos”, diz Kai Michael Kenkel, professor do Instituto de Relações Internacionais da PUC do Rio de Janeiro e, ele mesmo, um alemão que vive no Brasil há dez anos.

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Talvez por isso a hospitalidade brasileira seja claramente seletiva. A rejeição a estrangeiros é maior em relação a pessoas de países pobres ou em desenvolvimento. Se esses imigrantes ou refugiados têm boa qualificação profissional e competem por vagas informais ou de salários baixos, a aversão é mais forte. O fenômeno é evidente com refugiados políticos ou de guerra. Um levantamento feito pelo Conselho Nacional de Imigração, órgão do Ministério do Trabalho, em setembro passado, mostrou que 32% dos venezuelanos que vivem em Roraima e não são indígenas possuem curso superior completo ou pós-graduação. Entre os brasileiros, 14% têm diploma. “Essa disparidade na formação dos indivíduos acaba acirrando a percepção negativa dos imigrantes, principalmente quando eles competem em um mercado de trabalho precário”, diz a cientista política Carolina Moulin, da PUC-RJ, que estuda os refugiados. Por outro lado, quando os estrangeiros chegam de países desenvolvidos para ocupar vagas com bons salários, ganham a alcunha de “expatriados” e são recebidos com admiração. “Há quinze anos trabalho com isso e nunca vi um expatriado ser maltratado”, afirma a advogada Diana Quintas, sócia da Fragomen, que ajuda empresas do mundo inteiro com os trâmites de migração. Segundo ela, a boa receptividade acontece porque o ambiente corporativo é mais internacional. Há tantos estrangeiros vindo quanto brasileiros saindo para o exterior. Além disso, as companhias se concentram nas capitais, onde os habitantes são mais cosmopolitas.

Para melhorar o tratamento dado aos imigrantes e refugiados de todos os estratos econômicos, o Congresso aprovou em maio passado a Lei de Migração. O texto, que entrou em vigor em 21 de novembro, substituiu o Estatuto do Estrangeiro, da época da ditadura militar, cujo objetivo era resguardar o mercado de trabalho. “A nova lei é mais coerente com os direitos humanos, pois não vê a migração como ameaça, e sim como oportunidade”, diz Maria Laura Canineu, diretora da Human Rights Watch no Brasil e colunista de VEJA. A lei garantiu direitos aos recém-chegados, como liberdade, igualdade e segurança, além de instituir o visto temporário para acolhida humanitária. Ainda falta, porém, aplicá-la a contento. Os venezuelanos até agora não conseguiram se beneficiar do visto humanitário. No fim de novembro, um decreto governamental adiou a regulamentação desse visto. O Brasil também é lento em aprovar os pedidos de refúgio, que são reservados para os que sofrem perseguição ou risco de vida em seu país. Em dez anos, o Brasil, com 200 milhões de habitantes, aceitou apenas 10 000 pedidos. É o que a Alemanha, com uma população de 80 milhões, dá em menos de uma semana. Para que as entidades brasileiras processem todas as solicitações já feitas, na velocidade atual, seriam necessárias duas décadas de trabalho.

A recepção de estrangeiros com dois pesos, duas medidas não é novidade na história brasileira. Ela apenas foi exacerbada pelas novas ondas migratórias, que começaram a ganhar volume em 2010, depois do terremoto que destruiu o Haiti. “O discurso de que somos um povo hospitaleiro nunca foi acompanhado de nenhuma conclusão científica, de nenhum estudo”, diz o pesquisador Gustavo Barreto, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que estudou artigos e reportagens sobre os imigrantes publicados na imprensa brasileira nos últimos 200 anos. Sua tese de doutorado em comunicação e cultura defende a ideia de que a discriminação contra imigrantes teve como alvo primeiro os chineses trazidos por dom João VI, no início do século XIX. Mais tarde, eles foram maltratados pelos abolicionistas como se fossem escravos brancos. Outra marca que historicamente orientou a xenofobia brasileira é a religião. A dificuldade em aceitar pessoas de outras crenças, segundo Barreto, deve-se à nossa herança portuguesa. “O Brasil, de maioria cristã, sempre teve mais facilidade em aceitar árabes cristãos do que árabes muçulmanos”, exemplifica o pesquisador. Durante a II Guerra Mundial, japoneses, alemães e italianos, nacionalidades que integravam o Eixo, foram estigmatizados, mas a aversão a eles arrefeceu nos anos 1950. O traço discriminatório mais constante é mesmo a cor da pele. Estrangeiros negros sempre foram maltratados, com pretextos diferentes em cada época. “Os imigrantes são um espelho para o qual muitos brasileiros não gostam de olhar”, diz a historiadora e antropóloga Maria Faguaga, que é cubana, negra e pediu asilo político no Brasil. “Muitos africanos que chegam aqui têm dinheiro e conhecem duas ou três línguas. Pelo menos metade deles tem curso superior. Os brasileiros não conseguem olhar para eles e se sentir superiores, como fazem normalmente com os afrodescendentes que nasceram aqui.” Haitianos e africanos constatam o racismo nas ruas do Brasil. “As manifestações xenófobas estão muito ligadas ao racismo, e as pessoas precisam entender que isso é um crime”, afirma Beto Vasconcelos, ex-secretário nacional de Justiça e professor da Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro.

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A colombiana Liliana Barriga, de 39 anos, deixou seu país em 2014 com medo da violência. No ano seguinte, ela tentou matricular o filho Angel Pataquiva, hoje com 15 anos, em uma escola pública na Liberdade, em São Paulo, um bairro conhecido pela grande comunidade asiática. A matrícula foi negada. “A diretora disse que a escola era só para brasileiros e chineses”, contou ela. Liliana prestou queixa na Secretaria da Educação contra a flagrante ilegalidade e conseguiu inserir o filho em outra escola. Ela sobrevive vendendo arepas em eventos, de bicicleta, e por meio de um aplicativo (J.R. Duran/VEJA)

Ao derramar os dados da pesquisa da Ideia Big Data em um mapa, pode-se compreender ainda outros combustíveis do comportamento nacional. A rejeição aos que vêm de fora é maior no Norte (56%) e no Nordeste (52%). O Sudeste, que concentra o pulmão econômico do país, é a única região em que mais gente encara a imigração como algo positivo do que negativo (veja o gráfico acima). “O que vemos no Brasil é o mesmo fenômeno que marcou a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, e o referendo do Brexit, na Inglaterra: nas regiões mais cosmopolitas e mais acostumadas com pessoas de várias origens, a aversão a estrangeiros é menor”, diz o economista Maurício Moura, diretor da Ideia Big Data. Pela sua tese, as cidades do Sudeste vivem algo mais parecido com o que ocorre nos municípios das costas leste e oeste americanas, onde a convivência entre nacionalidades é mais comum. De fato, o Norte e o Nordeste são as regiões com menos estrangeiros na população, segundo o IBGE: 0,10% e 0,05%, respectivamente. Já o Sudeste tem a maior proporção: 0,38%.

Uma exceção na Região Norte é o Estado de Roraima, que absorve uma súbita onda migratória de venezuelanos em fuga da ditadura de Nicolás Maduro. O fluxo abrupto de gente causou uma mudança substancial na composição social. “Quando cheguei, há cinco anos, não havia muitos venezuelanos. Se eu quisesse conversar em espanhol, tinha de falar com peruanos e colombianos. Desde o ano retrasado, tudo mudou”, diz a manicure venezuelana Karla Canache, de 27 anos, que vive em Boa Vista, capital de Roraima. Escolas e hospitais tiveram de se adaptar aos novos matriculados e a pacientes que falam castelhano. “Nas escolas, os brasileiros não precisavam disputar vagas com ninguém de fora. Com a vinda de alunos venezuelanos, a concorrência aumentou. As filas dos hospitais cresceram em comprimento”, afirma Karla.

Na pesquisa da Ideia Big Data, uma alta porcentagem de brasileiros não soube responder se a vinda de trabalhadores estrangeiros é ruim ou boa. “Um em cada quatro não tem posição a respeito do assunto. Há um enorme desconhecimento. Em geral, o índice de pessoas que não têm opinião não passa de 10% nas nossas enquetes”, diz Maurício Moura. Uma das razões está no fato de que a quantidade de imigrantes que desembarca por aqui é irrisória. Nos Estados Unidos, cerca de 14% da população é estrangeira. No Brasil, esse índice não chega a 1%. Quando se deixa de olhar para regiões específicas, como Roraima, e se analisa o Brasil como um todo, a “onda” de imigração é tão pífia que nem sequer mereceria receber esse nome.

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Para a maior parte do território nacional, as reclamações sobre a competição por vagas de trabalho são exageradas. Segundo os últimos dados disponíveis, de 2015, 125 000 es­trangeiros estavam inseridos no mercado de trabalho formal no Brasil. O número não representa nem 0,5% dos 40 milhões de brasileiros que terminaram o ano de 2015 com carteira assinada. Assustados, os brasileiros fecham os olhos para os benefícios. “Há engenheiros, profissionais de saúde, empreendedores e pessoas com boa formação que poderiam estimular o desenvolvimento, principalmente nas regiões com maior carência de profissionais”, diz Paulo Sérgio Almeida, oficial de integração do Acnur, braço das Nações Unidas para refugiados. A mão de obra extra vai ser vital. “A partir de 2050, a população vai envelhecer e teremos menor oferta de trabalhadores. A imigração pode compensar isso”, afirma Tadeu Oliveira, pesquisador do IBGE e do Observatório das Migrações Internacionais.

O sírio Mohamed Ali Kenawy, de 33 anos, viveu no Egito antes de decidir morar no Brasil. Em agosto passado, quando vendia quitutes em Copacabana, ele foi ameaçado por três homens aos gritos de “saia do meu país” e “não vai tomar nosso lugar”. O grupo derrubou as mercadorias e quebrou sua barraca. “Eles falavam muito rápido, e não entendi muito bem. Um deles disse que os muçulmanos estavam invadindo o país e falou de homens-bomba”, conta. Casado com uma brasileira e pai de um bebê de 1 ano, Kenawy foi convidado para desfilar na Sapucaí pela Portela, cujo tema foi imigração (J.R. Duran/VEJA)

Como o Nordeste é a região que mais sofre com a crise econômica, a dificuldade em encontrar trabalho também entra no caldo da xenofobia. “Com o desemprego, parte dos brasileiros passou a achar que os imigrantes disputam as vagas com eles. Em outro contexto econômico, o resultado seria diferente”, diz Márcia Cavallari Nunes, diretora do Ibope Inteligência. Mas é nos ataques que citam o mercado de trabalho que os brasileiros cometem uma das maiores injustiças. As dificuldades pelas quais os estrangeiros passam para conseguir um emprego são enormes, de tal modo que a concorrência que oferecem aos nativos é quase simplória. Na maioria das vezes, imigrantes e refugiados não falam português, desconhecem as exigências do mercado e enfrentam uma batalha para revalidar diplomas. O processo é caro, burocrático e requer documentos que, com frequência, foram deixados para trás. Para muitos, o jeito é trabalhar em empregos informais. Vários vão para o ramo da alimentação, apesar de terem experiência e formação em outras áreas. No Brasil, há um pequeno boom de restaurantes abertos por refugiados do Oriente Médio, que têm mostrado um latente espírito empreendedor. Trata-se, sim, da única saída para muitos.

A enfermeira Manoucheka Jeune, de 29 anos, saiu do Haiti no ano de 2015 em busca de um emprego no Brasil. Até agora, não conseguiu nenhum. “Só me chamam para entrevistas quando tiro a nacionalidade do meu currículo”, diz. Logo depois de a haitiana chegar ao país, uma mulher no ônibus perguntou se ela era brasileira. “Respondi que não, e ela pediu ao cobrador que parasse o veículo para que eu fosse me registrar em algum lugar”, conta. Manoucheka mostrou seu documento ao cobrador e ele a deixou ficar. “Mas a mulher mudou de banco, para não ficar do meu lado, e continuou me encarando” (Paulo Vitale/VEJA)

Como tantas outras coisas na vida, a xenofobia é, em grande parte, filha direta do desconhecimento do outro. “Quando o outro se torna mais do que um rosto e passa a ter uma história, o preconceito cai imediatamente”, diz Mari Garbelini, coordenadora-geral da Abraço Cultural, que coloca venezuelanos, sírios, africanos, paquistaneses e peruanos para dar cursos de línguas em São Paulo. Diversas entidades civis prestam assistência aos imigrantes e refugiados no Brasil, começando por atender a suas necessidades mais básicas, como aprender a língua portuguesa. Um projeto da ONG Migraflix com a rede social profissional LinkedIn já ajudou cinquenta estrangeiros a melhorar o currículo e a se preparar para entrevistas de emprego. Com o aplicativo de entrega de comida UberEats, a ONG deu aulas sobre como montar um negócio no Brasil. Permeando toda a adequação, está a necessidade de formar laços na nova terra, dificuldade que acompanha todo imigrante que chega a qualquer nação. “A primeira coisa de que um imigrante ou refugiado precisa ao chegar a um novo país é uma rede de contatos para poder recomeçar a vida. O caminho existe, só é necessário criar as oportunidades para essa integração”, diz o argentino Jonathan Berezovsky, diretor da Migraflix. Para Carolina Moulin, da PUC-Rio, “o melhor teste para avaliar a capacidade de uma democracia é ver como ela trata os estrangeiros”.

Com reportagem de Luisa Bustamante e Luiza Queiroz

Publicado em VEJA de 21 de fevereiro de 2018, edição nº 2570

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