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Um fim contado em Bitcoins

Viúva de Gerald-Cotten, fundador da corretora de bitcoins QuadrigaCX, morto em dezembro, declarou que desconhece senha com R$ 700 milhões na moeda virtual

Por Da Redação Atualizado em 8 fev 2019, 07h01 - Publicado em 8 fev 2019, 07h00

Num artigo publicado em agosto de 2008 no site Cryptography Mailing, no qual propôs o lançamento da primeira criptomoeda, batizada de bitcoin, o misterioso Satoshi Nakamoto — provavelmente um pseudônimo — assegurou: “Criamos um sistema para transações eletrônicas que não depende da confiança” (nos bancos, por exemplo). O canadense Gerald ­Cotten, fundador da QuadrigaCX, uma corretora de bitcoins, jamais confiou a alguém a senha do cofre virtual em que guardava cerca de 700 milhões de reais na moeda virtual depositados em sua empresa. Cotten temia ser roubado por hackers e, para se proteger, recorreu a um sistema conhecido como cold sto­rage (câmara fria), que mantém os bitcoins desconectados, sem contato com a internet, por meio de pen drives — ou, como no seu caso, salvos em um notebook criptografado.

Com a morte do proprietário da QuadrigaCX, 115 000 clientes — que, ironicamente, confiaram na corretora — ficaram a ver navios digitais. A Justiça canadense determinou a contratação de um especialista para tentar descriptografar o computador do empresário. Não funcionou. A última esperança era a viúva; Jennifer Robertson, porém, declarou na segunda-feira 4 que também desconhecia a senha. Foi o derradeiro capítulo de um enredo que começou em 9 de dezembro, com a morte de Cotten, aos 30 anos, vítima de uma doença rara do intestino. Pouco antes do pronunciamento da viúva, a QuadrigaCX já comunicara oficialmente o encerramento de suas operações. Nas redes sociais proliferam teorias conspiratórias segundo as quais tudo não passa de um golpe, uma vez que quantias teriam sido movimentadas na corretora após o anúncio da morte de Cotten.


A BELA DA LAGOA

Celebrizada por interpretar a mocinha do filme de terror O Monstro da Lagoa Negra (1954), a atriz americana Julie Adams quase recusou o papel, mas ficou com medo de ser punida pela produtora, a Universal. O clássico — cuja trama se passa na Amazônia — foi uma das inspirações para o premiado A Forma da Água (2017), do mexicano Guillermo del Toro. Nascida no Estado de Iowa, Julie esteve no elenco de mais de cinquenta trabalhos cinematográficos e de quase uma centena de séries de TV. Ela morreu no domingo 3, aos 92 anos, em Los Angeles.


NA HISTÓRIA, COM BOB DYLAN

(David Gahr/Broadside Magazine/.)

Em 1957, o americano Israel Goodman Young, conhecido como Izzy Young, inaugurou no Greenwich Village, em Nova York, uma loja de discos, a Folklore Center. O estabelecimento tornou-se um reduto do folk. Quatro anos mais tarde, Izzy organizou o primeiro show de um jovem e talentoso músico do gênero na cidade. Era Bob Dylan. Realizada no Carnegie Chapter Hall, a apresentação foi um fracasso. Não importa: Izzy entrou para a história. Em 1973, ele fechou a Folklore e mudou-se para Estocolmo. Lá morreu, na segunda 4, aos 90 anos, de causa natural.

Publicado em VEJA de 13 de fevereiro de 2019, edição nº 2621

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