Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O medo urbano da febre silvestre

Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu todo o Estado de São Paulo entre as áreas de risco para a febre amarela

Por Natalia Cuminale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jan 2018, 15h47 - Publicado em 19 jan 2018, 06h00

Silenciosamente, as filas foram se formando em torno dos postos de saúde, como o da foto ao lado, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Famílias inteiras chegaram a atravessar a madrugada como se esperassem a vez de comprar ingresso para um show de rock cobiçado, e, no entanto, estavam em busca de vacina contra a febre amarela. Há um clima de pânico no ar, alimentado pela real escassez de doses. É temor exagerado, embora compreensível, mas convém afastar qualquer possibilidade de epidemia. Neste ano que mal começou foram confirmadas dezesseis mortes, todas de pessoas que estiveram em regiões de risco. É fundamental saber que a febre amarela brasileira é silvestre — não há registros de contaminação em cidades desde 1942 —, apesar de o medo ser urbano. A doença é disseminada pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, circulantes apenas em matas. Os insetos vivem na copa das árvores, em áreas de vegetação abundante, e se alimentam, principalmente, do sangue de primatas como os macacos. Não conseguem voar por mais de 500 metros. Se nos infectam, é porque invadimos seu espaço, não o contrário. Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu todo o Estado de São Paulo entre as áreas de risco para a doença. Na prática, quem desejar viajar para a região vai precisar vacinar-se com dez dias de antecedência. Embora correta, a recomendação contribuiu para deixar as pessoas mais alarmadas. O único caminho possível de tranquilidade é, de fato, a vacinação. O verão de 2018 será de cenas como a de São João de Meriti.

Acompanhe no site de VEJA um serviço completo com as dúvidas mais frequentes sobre a doença

Publicado em VEJA de 24 de janeiro de 2018, edição nº 2566

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.