Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O enigma Bolt

O homem mais rápido do mundo fará sua última prova — e deixa uma pergunta: por que ele foi tão dominante? Serão os 13% a mais de força na perna direita?

Por Alexandre Salvador Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 ago 2017, 18h55 - Publicado em 29 jul 2017, 06h00

Usain Bolt, de 30 anos, o homem mais rápido do mundo, calçará suas sapatilhas pela última vez no próximo sábado, 5, no Campeonato Mundial de Atletismo em Londres. O adeus se dará no Estádio Olímpico, inaugurado nos Jogos de 2012 e desde então usado com frequência, o avesso do que acontece com as instalações olímpicas do Rio de Janeiro. O sumiço de Bolt deixa um vazio. Busca-se um sucessor, mas não há. Fazer a fila andar é oxigênio da história do esporte. Para o caso de Michael Phelps, o homem-­peixe, o jogo já está resolvido, com a fenomenal Katie Ledecky. Na semana passada, a nadadora americana tornou-se a recordista entre as mulheres em vitórias no Mundial de Esportes Aquáticos. Mas Bolt não deixa herdeiros.

Uma questão continua sem resposta: por que ele dominou por tanto tempo as provas de curta distância, de 2008 até hoje? Foram oito medalhas de ouro olímpicas (a nona, no revezamento 4 x 100, lhe foi subtraída, em virtude da descoberta do doping de um dos corredores da Jamaica, na Olimpíada de 2008). Seus recordes mundiais parecem inalcançáveis: 9s58 nos 100 metros e 19s19 nos 200 metros.

Já foram aventadas diversas teses para explicar o fenômeno Bolt: de uma predisposição genética do negro jamaicano (bobagem, sem comprovação alguma) à predileção dos moradores da pequena ilha do Caribe pelas provas de velocidade (é verdade, mas americanos também gostam de correr). O doping, ao menos no caso dele, jamais foi posto em cena. No mês passado, em um simpósio de biomecânica, apresentou-se um novo achado sobre a rapidíssima toada de Bolt: a perna direita do jamaicano toca o solo com 13% mais força do que a esquerda, o que lhe daria mais impulso. Em outros velocistas, a discrepância não passa de 3%. Seria essa a explicação definitiva? É uma possibilidade, mas pode ser apenas uma adaptação de Bolt a uma escoliose incômoda. “Sempre me diverti, mas já cumpri meus objetivos e chegou a hora de parar”, diz.

Publicado em VEJA de 2 de agosto de 2017, edição nº 2541

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.