Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O efeito Aécio

Um político preso ganhou liberdade e dois afastados recuperaram o cargo — tudo depois da decisão do STF que devolveu o mandato ao senador tucano

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 nov 2017, 06h00 - Publicado em 3 nov 2017, 06h00

Na tarde de 25 de outubro, o diretor do Centro de Custódia de Cuiabá, Jean Carlos Gonçalves, recebeu a visita inusitada de deputados estaduais mato-grossenses. A turma foi até o presídio para entregar um documento aprovado pela Assembleia Legislativa que exigia a soltura do também deputado estadual Gilmar Fabris (PSD). Ele estava preso havia quarenta dias após ser filmado saindo de seu apartamento às pressas, de pijama, carregando uma maleta, vinte minutos antes de a Polícia Federal chegar com um mandado de busca e apreensão. Foi preso por tentar fugir e destruir provas.

Para soltarem o colega, os deputados recorreram a um expediente até então inédito. Apresentaram no presídio um texto com base na decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento que deu ao Senado o poder de devolver o mandato ao senador Aécio Neves (PSDB-­MG) e o livrou do recolhimento noturno. O diretor liberou Fabris na hora. “Tínhamos dúvida sobre invocar a Constituição para pedir a soltura. Mas o julgamento do STF abriu o precedente que dava autonomia às assembleias”, disse o presidente da Casa, Eduardo Botelho (PSB).

O caso de Mato Grosso não foi o único. A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, em seguida, revogou a decisão do Tribunal de Justiça que afastou do mandato o deputado estadual Ricardo Motta (PSB), suspeito de envolvimento num esquema de desvio de mais de 19 milhões de reais do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do estado. Caso similar se deu na Câmara Municipal de Natal, que autorizou o retorno do vereador Raniere Barbosa (PDT) às atividades depois de ele ter sido afastado por denúncias de superfaturamento e pagamento de propina em contratos públicos.

Fabris e Motta já voltaram ao batente — Barbosa ainda não. O deputado mato-grossense, contudo, sente-se especialmente grato ao Judiciário: voltará, na próxima semana, à Assembleia de Cuiabá com a pompa de presidente da Casa. Botelho, o atual mandatário, chefiará o governo do estado enquanto o governador e o vice, Pedro Taques e Carlos Fávaro, viajam à Ásia.

Publicado em VEJA de 8 de novembro de 2017, edição nº 2555

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.