Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Michel Temer Feres: “Eu rio, vou fazer o quê?”

O analista de sistemas paulista, de 39 anos, narra a experiência — nem sempre feliz — de ser homônimo do presidente da República

Por Bruno Meier Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jan 2018, 15h20 - Publicado em 5 jan 2018, 06h00

Em que momento ser homônimo de Michel Temer passou a afetar sua vida?  Meu sobrenome veio do meu pai e não tem vínculo ou parentesco com o político, apesar de a nossa ascendência também ser libanesa. Antes de ele se tornar presidente, as pessoas comentavam, muito raramente: “Seu nome não me é estranho”. Depois que ele virou vice, as brincadeiras começaram. Quando se tornou presidente, tudo mudou.

O que mudou? Meu dia a dia é feito de chacotas, desconfianças e olhares. Dia desses, sofri uma fratura na academia e tive de ir ao hospital. Minha mulher foi fazer a ficha, e a moça da recepção reagiu: “Nossa, ele deve sofrer com esse nome”. Na hora em que me chamaram, uma senhora começou a rir e disse: “Gente, será que os pais gostam realmente dele?”. Eu rio, vou fazer o quê?

Qual sua opinião sobre o xará como político? Muitos acham que, por ter o mesmo nome, sou a favor de tudo o que ele faz. Não. Eu nem gosto de política. Sou um analista que curte Metallica, Iron Maiden, Black Sabbath, e acaba de entrar num curso de guitarra. Mas, apesar daquelas denúncias no ano passado, acho que ele tem boas intenções ao defender reformas como a da Previdência. Alguma coisa tem de ser realmente alterada. Respeito o papel dele.

O governo Temer mudou sua vida? Em popularidade, sim. Os colegas de trabalho batem no meu ombro e falam: “E aí, quais são suas metas deste ano no governo?”. Na fila do café, alguns dão o lugar para mim: “Opa, o presidente tem preferência”. Recentemente, levei meu celular para consertar em uma loja na qual o nome das pessoas aparecia num display. Para quê? Quando me chamaram, todo mundo procurou o Michel Temer. Mas é o que digo: dependendo do local, é melhor não usar meu sobrenome.

Continua após a publicidade

Que tipo de local? Se tiver um monte de bandeirinhas vermelhas ao meu redor, saio correndo. Aí, só uso o Feres.

Publicado em VEJA de 10 de janeiro de 2018, edição nº 2564

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.