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Memória: Jiri Menzel, Luigi Bauducco e general Sydrião

O diretor de cinema, o empresário e o chefe do Centro de Inteligência do Exército

Por Da Redação 11 set 2020, 06h00

O cinema da Checoslováquia também teve a sua Nouvelle Vague. Em meados da década de 60, a “nova onda checa” ganhou relevância internacional com os filmes de diretores como Milos Forman, que depois faria sucesso em Hollywood, e Jiri Menzel. Logo em seu trabalho de estreia, aos 29 anos, Menzel ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro com Trens Estreitamente Vigiados, de 1966. Ambientado nos anos de ocupação nazista, durante a II Guerra, o longa conta a história de um aprendiz de soldado em uma estação ferroviária. E o que parece ser apenas o registro político de um determinado e triste período histórico, o relato da resistência, filmado em preto e branco, rapidamente se transforma em uma sensível e bem-humorada crônica sobre amor e sexualidade, ao estilo de François Truffaut e Jean-Luc Godard. Depois da invasão das tropas soviéticas em Praga, em 1968, Menzel — como quase toda a comunidade artística do país — entraria para o índex do regime comunista. Um de seus filmes, Andorinhas por Um Fio, de 1969, estrearia apenas em 1990, depois da derrocada do socialismo no Leste Europeu, e ganharia o Urso de Ouro no Festival de Berlim. Menzel tinha 82 anos. Morreu em 5 de setembro, em Praga, de causas não reveladas pela família.

Sinônimo de panetone

BAUDUCCO – Luigi, o filho do criador: 70 milhões de unidades por ano – (//Divulgação)

Em 1948, ao fim da II Guerra e com a Itália em permanente crise econômica, o representante comercial Carlo Bauducco deixou Turim a caminho de São Paulo, acompanhado da mulher e do filho único, Luigi. Veio cobrar uma dívida de máquinas de modelagem de pão importadas por um amigo. Recuperou parte do dinheiro, se encantou com a cidade e decidiu abrir uma confeitaria no tradicional bairro paulistano do Brás que se transformaria em sinônimo de panetones no Brasil. Luigi, braço direito do pai, foi quem ajudou a Bauducco a dar seu grande salto, em 1962, com a inauguração de uma fábrica em Guarulhos e a distribuição dos produtos em supermercados. “Antes dependíamos da boa vontade dos vendedores de confeitarias”, disse a VEJA SÃO PAULO, em 2006. De acordo com a empresa, mais de 70 milhões de unidades do doce natalino são produzidas anualmente. Luigi morreu em 8 de setembro, aos 88 anos, em São Paulo, em decorrência de um choque séptico depois de complicações causadas por uma pneumonia bacteriana.

Servidor dedicado

No início de agosto, o general de brigada Carlos Augusto Fecury Sydrião, chefe do Centro de Inteligência do Exército, foi designado para compor a missão humanitária brasileira chefiada pelo ex-presidente Michel Temer e enviada ao Líbano depois da explosão que matou 200 pessoas e feriu mais de 4 000. Cearense nascido em Fortaleza, Sydrião foi adido militar no Paraguai de 2015 a 2016. “Ele nos ajudou muito no trabalho de aproximação com os paraguaios, tanto do ponto de vista militar quanto de inteligência”, disse o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional Sergio Etchegoyen. O general estava há dez dias internado no Hospital das Forças Armadas em Brasília com diagnóstico de Covid-19. Tinha problemas cardíacos. Morreu em 8 de setembro, aos 53 anos.

Publicado em VEJA de 16 de setembro de 2020, edição nº 2704

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