Leitor
"O STF só voltará a ser respeitado quando for ocupado por ministros competentes para o cargo, e não por indicados politicamente.." M. Justus, Curitiba, PR
Assuntos mais comentados
- Os abusos do STF
- Artigo de J.R. Guzzo
- O medo da greve dos caminhoneiros
- Bolsonaro e o preço do diesel (reportagem de capa)
- As milícias no Rio de Janeiro
O LIBERALISMO DE BOLSONARO
É muito fácil para o ministro Paulo Guedes defender o “direito” da Petrobras a ter a própria política de preços (“Como óleo e cerveja”, 24 de abril). Como se trata de uma “empresa de economia mista” monopolista — controlada pelo governo, seu acionista majoritário —, sem concorrentes, livre das leis do mercado, pode estabelecer o preço que quiser, na hora que quiser. E nunca terá prejuízo, porque somos obrigados a consumir seus produtos ao preço que nos é imposto. É uma tremenda covardia. É a raposa tomando conta do galinheiro. Gostaria de ver o ministro dizer a mesma coisa se houvesse outras petroleiras atuando livremente no país. Se houvesse concorrência de verdade…
Dimas Sampaio Peixoto
Salvador, BA
A pauta que mais deveria ser discutida neste ano é a redução do tamanho do Estado. Com a privatização da Petrobras, os preços dos combustíveis cairiam, como resultado da livre concorrência, sempre saudável. Todavia, privatizar a Petrobras seria uma missão praticamente impossível e, segundo os especialistas a favor e contra a ideia, não há clima político para tratar do assunto nem apoio popular.
Valdomiro Nenevê
São José dos Pinhais, PR
STF
“Eles” investigam, acusam, julgam e punem: os “tribunais” do crime organizado, as milícias e o STF (“Duelo de abusos”, 24 de abril).
Lucas Silva
Presidente Prudente, SP
Em tempos sombrios, como os que ora vivemos, nunca é demais lembrar Montesquieu, especialmente em Do Espírito das Leis: “Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse estes três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos”.
Levi Bronzeado dos Santos
Guarabira, PB
Clóvis Beviláqua, que Rui Barbosa classificou como “o maior jurista brasileiro de todos os tempos”, recusou o convite do presidente Hermes da Fonseca, que lhe ofertou uma vaga no Supremo, alegando “não estar à altura do cargo”. Outros homens, outra época!
Luiz Eduardo Campos Leite
Recife, PE
O STF só voltará a ser respeitado quando for ocupado por ministros competentes para tal cargo, e não por indicados politicamente.
Marlon Justus
Curitiba, PR
As lamentáveis atitudes individuais de determinados ministros não podem rotular a qualificação do STF como um todo. Todavia, os antigos anseios dos brasileiros pela concretização do impeachment de alguns ministros e a mais recente lambança promovida pelo presidente da Corte, coadjuvado pelo ministro Alexandre de Moraes, já estão justificando a instalação da CPI Lava-Toga. Por tratar-se da mais alta instância do nosso Judiciário e pela necessidade de garantir credibilidade e lisura incontestável em suas decisões, a nossa Suprema Corte precisa ser mesmo passada a limpo.
Ludinei Picelli
Londrina, PR
J.R. GUZZO
É tudo uma verdade incontestável no artigo de J.R. Guzzo (“Os pobres e os ricos”, 24 de abril), exceto pela atribuição exclusiva à esquerda das distorções na educação. Também nos 21 anos de domínio da direita não foi muito diferente. Donde se pode concluir que a educação dá arrepios em nossos governantes de todos os matizes, ainda contaminados pelo atavismo escravocrata presente no DNA de nossas elites dirigentes, com raras exceções.
Flaudecy de Oliveira Manhães
Campos dos Goytacazes, RJ
Excelente artigo. Apenas entendo que, para cortar privilégios, não há necessidade de incluir os segurados do INSS na reforma da Previdência, ainda mais com a ideia de capitalização, impopular no Chile. Com a capitalização, os futuros aposentados receberão uma fração do salário mínimo, estando condenados à miséria.
Lothar Richter
São Paulo, SP
CAMINHONEIROS
As medidas do governo apresentadas como “pacote de bondades” nada mais são que medidas de bom-senso cuja eventual ausência careceria de explicação. E, de repente, a manutenção das rodovias deixa de ser uma função básica obrigatória do Ministério da Infraestrutura e se transforma em ato de bondade aos caminhoneiros. Não entendi essa (“O poder da boleia”, 24 de abril).
Manfred Fehr
Uberlândia, MG
A situação dos caminhoneiros está chegando ao caos. Tem mais problemas do que solução. Sabem quando é que começou tudo isso? Vem de longe: falta de planejamento, corrupção e excesso de poder para as montadoras.
Antonio Sydney Cocco
Santos, SP
“Como pode ser ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos alguém que ainda acredita que a mulher deve ser submissa ao homem?” (Veja Essa, 24 de abril)
Abel Pires Rodrigues, Rio de Janeiro, RJ
MILÍCIAS
Minas Gerais teve o desastre de Mariana, com dezenove mortos, sem nenhuma providência eficaz, e depois veio a tragédia evitável de Brumadinho. Pergunto: será o edifício no bairro carioca de Muzema (“Os xerifes do pedaço”, 24 de abril), cuja queda resultou em 24 mortos, o “Mariana” do Rio? Será que só tomarão algum cuidado quando vier a ocorrer o “Brumadinho da cidade maravilhosa?”.
Ivan Esaú dos Santos
Volta Redonda, RJ
DORA KRAMER
Como é bom e educativo ler as sensatas palavras de Dora Kramer em meio a tanto desatino (“Muito além da caricatura”, 24 de abril). Precisamos saber separar o real do imaginário. São tantos brasileiros para disseminar a discórdia que o cidadão comum vai perdendo a esperança.
Maria Luisa Silva Ramos
Barra Mansa, RJ
Publicado em VEJA de 1º de maio de 2019, edição nº 2632