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'Ainda que todos os afetados por essa tragédia sejam devidamente ressarcidos, a cidade nunca voltará a ser a mesma.' Juliana Rocha Braga, Brumadinho, MG
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- Brumadinho
- Artigo de Dora Kramer
- Entrevista de Ricardo Vélez Rodríguez nas Páginas Amarelas
- Coluna de J.R. Guzzo
- Coluna de Claudio de Moura Castro
TRAGÉDIA DE BRUMADINHO
Tenho 22 anos e sou estudante de direito. Moro no município de Brumadinho desde que nasci. Aqui, construo minha história, estabeleço laços afetivos e participo ativamente das ações desenvolvidas na cidade. O que mais ouço nos últimos dias é “não vamos deixar que façam o que fizeram com Mariana”. Isso significa, a priori, que não vamos deixar que a impunidade e a desobrigação imperem sobre a justiça (“Depois de uma centena de mortos e 250 desaparecidos, a Vale diz que vai mudar”, 6 de fevereiro). Todavia, sob uma perspectiva juridicamente otimista, ainda que todos os afetados por essa tragédia sejam devidamente ressarcidos, a cidade nunca voltará a ser a mesma. As pessoas precisam saber que não seremos abandonados, que há perspectiva de futuro, que o município foi agredido por um mar de lama, mas que há esperança; que somos mineiros, mas não nos resumimos a minério.
Juliana Rocha Braga
Brumadinho, MG
De nada adianta a Vale apresentar desculpas esfarrapadas. Os especialistas são quase unânimes: esse tipo de barragem, bem antes de romper, dá sinais evidentes de que algo grave está para acontecer.
Levi Bronzeado dos Santos
Guarabira, PB
Fiquei emocionado com a reportagem. É difícil acordar com as imagens de Brumadinho. É triste amanhecermos tristes.
José Ribamar Pinheiro Filho
Brasília, DF
Todos os profissionais que ocupam a direção superior do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos são concursados. No caso do secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira, o ingresso no serviço público ocorreu no ano de 2011. Sobre a indicação do governador Romeu Zema para ocupar o cargo de secretário da Semad, nesta gestão, vale esclarecer que o secretário passou por processo seletivo, por critérios técnicos.
Valquiria Lopes
Assessora-chefe de comunicação da Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais
DORA KRAMER
A política brasileira é constrangedora e desconfortável, mas só para os eleitores, não para os políticos eleitos. Eles são profissionais antes de ser patriotas, corporativistas antes de ideólogos e interesseiros antes de éticos (artigo de Dora Kramer no site de VEJA, 3 de fevereiro).
Marcelo Gomes Jorge Feres
Rio de Janeiro, RJ
Os brasileiros já conhecem a velha política e sabem que não dá certo. Ninguém mais, além dos políticos, quer a continuidade de tantas regalias: auxílio-moradia, auxílio-combustível, auxílio-paletó e tantos outros penduricalhos que os congressistas têm. Os contribuintes não aguentam mais ver seus impostos ser gastos com tamanha irresponsabilidade.
José Carlos Saraiva da Costa
Belo Horizonte, MG
RICARDO VÉLEZ RODRÍGUEZ
Nas Páginas Amarelas, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, disse que a universidade não é para todos (“Faxina ideológica”, 6 de fevereiro). Lembrei-me de que há mais de cinquenta anos um tio me disse a mesma coisa e aquilo foi um norte na minha vida: “Pobre não poderia fazer uma faculdade”. E eu acreditei. Quando meu filho terminou o ensino fundamental, eu o orientei a fazer um curso técnico, e ele foi aprovado para estudar mecânica. Meu filho teve a ousadia de me contestar: ele não queria ser técnico, queria ser médico — e sua mãe também tinha o sonho de ter um filho médico. Entrei em parafuso, mas eles me convenceram de que isso era possível e minha convicção caiu por água abaixo. Hoje meu filho é um grande médico e minha filha é uma excelente enfermeira. Ela, que já me deu uma neta que está com 15 anos, volta neste semestre à universidade para cursar medicina. Portanto, o ministro, que pensa como meu tio pensava há cinquenta anos, está muito enganado.
José Américo de Moura
Rio de Janeiro, RJ
É lamentável a declaração do ministro da Educação do atual governo sobre os brasileiros que viajam. Esse senhor deveria pedir desculpa à nação brasileira.
José Carlos Medina Carvalho - Santos, SP
Antes de quaisquer sentimentos, amo nosso país. Sou professor há mais de trinta anos. No entanto, ter como ministro da Educação um obtuso radical, míope em toda a sua trajetória, que tem Olavo de Carvalho como seu mestre, é testar todas as nossas resistências, inclusive e principalmente as morais. O Brasil merecia algo melhor.
Luiz Cláudio de Araújo
Brasília, DF
Fiquei muito desapontado com a afirmação do ministro segundo a qual “o brasileiro viajando é um canibal, rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião”. Esse tipo de generalização é lamentável e ofende as pessoas de bem. Votei no Bolsonaro, sim, mas chamar viajantes brasileiros de canibais é inaceitável.
Claudio Eboli
São Caetano do Sul, SP
Feliz com a entrevista do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez. Há esperança para a educação no Brasil!
Terezinha Coletti Castelnovo
Campinas, SP
J.R. GUZZO
Pela primeira vez discordo do articulista J.R. Guzzo (“Vai tu mesmo”, 6 de fevereiro). Eu diria, parafraseando Fernando Pessoa em Mar Português, que a maioria dos brasileiros são heróis, apenas que anônimos.
Gésner Batista
Rio Claro, SP
É incrível, J.R. Guzzo continua insistindo em escrever aquilo com que até os sensatos teimam em concordar.
César Rafael Sedrez Gonzaga
Camboriú, SC
CLAUDIO DE MOURA CASTRO
Senhor Claudio: nós não temos o direito nato de dirigir veículo na via pública; esse direito é uma concessão do Estado, que impõe obrigações para obtê-lo (“Eu não sou o meu carro”, 6 de fevereiro).
João Moessa de Lima
Cuiabá, MT
Publicado em VEJA de 13 de fevereiro de 2019, edição nº 2621