Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Gustavo Filgueiras: “Não tive tempo de me emocionar”

Dono da rede de hotéis de luxo Emiliano fala do acidente aéreo em que morreram seu pai e o ministro do STF Teori Zavascki

Por Bruno Meier Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 fev 2018, 06h00 - Publicado em 2 fev 2018, 06h00

Um relatório da FAB divulgado neste mês conclui que não houve pane nem sabotagem no avião em que morreram cinco pessoas, incluindo seu pai, Carlos Alberto Filgueiras, e o ministro Teori Zavascki. Foi um alívio? Para mim, não. Acompanhei as investigações e nunca tive dúvida de que o acidente foi uma consequência de erros do piloto. Nunca me abati com as teorias conspiratórias que surgiram.

Como foi o momento em que o senhor recebeu a notícia do acidente? Quando houve a confirmação, o hangar telefonou para a secretária do meu pai, e ela me ligou imediatamente. Fui para Paraty. Foi um momento de tanta intensidade que eu não tive tempo de pensar nem de me emocionar. Sou o terceiro filho, e era o único que estava no Brasil. Só foi cair a ficha de que perdera meu pai dias depois.

O que o senhor aprendeu com seu pai? Ele foi um visionário. Lançou um hotel com roupa de cama de algodão egípcio. Diziam: “Pô, algodão egípcio é muito caro. Quero ver ele repor esse investimento em um ano”. Esse mercado sempre tem demanda, porque as pessoas gostam de conforto e reconhecimento.

Seu apreço pelo vinho veio de seu pai? Meu pai gostava de bons vinhos, mas nunca se dedicou a entender do assunto. Minha paixão coincidiu com o período em que o Ed Motta veio fazer uma carta de vinhos para a gente, lá por 2006. Ele tem uma memória impressionante e um nariz apurado. Participei de várias degustações com o Ed Motta, que até morou no hotel por um tempo. Depois, visitei todas as regiões vinícolas da França e da Itália. É aí que você começa a dar nome aos bois e conhecer os produtores.

Continua após a publicidade

O Emiliano abriu um hotel no Rio de Janeiro em 2016. Há diferenças entre administrar um hotel no Rio e em São Paulo? Os DNAs dos dois hotéis são muito próximos. São como irmãos, porém um é o artista que mora na praia e o outro é o executivo que trabalha de terno e gravata. Mas são as personalidades de dois filhos de uma mesma cultura.

Publicado em VEJA de 7 de fevereiro de 2018, edição nº 2568

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.