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Guardião da boa imprensa

Morre, aos, 86 anos, o jornalista Alberto Dines

Por Da Redação Atualizado em 25 Maio 2018, 06h00 - Publicado em 25 Maio 2018, 06h00

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Em seis décadas de carreira, o jornalista Alberto Dines acumulou momentos memoráveis de crítica e de resistência, entremeados de contribuições significativas ao jornalismo na área acadêmica. Na crítica, alternou-se nos papéis de pedra e de vidraça e, às vezes, acumulou os dois ao criar, em 1975, quando era diretor da sucursal carioca do jornal Folha de S.Paulo, a coluna semanal Jornal dos Jornais, em que avaliava o trabalho da própria imprensa. “Não se meta nisso, você só vai ganhar inimigos”, ouviu de Octavio Frias de Oliveira, dono da Folha. Ele foi em frente e, na mesma linha, fundou um dos primeiros noticiários exclusivamente on-line, o Observatório da Imprensa. Na resistência, assinou duas capas históricas quando era diretor do Jornal do Brasil. A edição que anunciou o AI-5, em 14 de dezembro de 1968, driblou a censura pondo a previsão do tempo no alto da primeira página: “Tempo negro, temperatura sufocante. O ar está irrespirável. O país está sendo varrido por fortes ventos”. A que noticiou o golpe militar no Chile trouxe um texto longo, sem foto nem manchete.

Nos anos 1980, foi secretário editorial da Abril (que publica VEJA) e organizou a edição portuguesa da revista Exame. Filho de judeus russos, Dines nasceu no Rio, em 1932. Dizia ter sido registrado com o nome de Abraão, mas foi chamado de Alberto a vida inteira. Foi internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para se tratar de uma gripe, que evoluiu para uma pneumonia. Morreu no dia 22, aos 86 anos.


Ele achou um exército

A maior descoberta das quatro décadas de carreira do arqueólogo chinês Zhao Kangmin — os Guerreiros de Xian, também conhecidos como Exército de Terracota — fez dele um dos nomes mais reputados de sua profissão. Ele foi o primeiro a identificar os fragmentos de argila que levaram à escavação de um poço em Xian, também sua cidade natal, em 1974. Assim foram achadas as 8 000 estátuas de soldados, quase intocadas, feitas para “proteger” o túmulo do imperador Qin Shihuang (259 a.C.-210 a.C.). A morte de Kangmin, no último dia 16, de infecção pulmonar, só foi anunciada na sexta-feira 18.

 


A pré-história dos trailers

No papel – Os cartazes para Laranja Mecânica e Casablanca, feitos por Gold (//Divulgação)

Antes de os trailers servirem de antessala para os sucessos do cinema, os pôsteres é que tinham a tarefa de antecipar fenômenos de bilheteria. O designer nova-iorquino Bill Gold foi o responsável, desde os anos 1940 até 2011, por desenhos clássicos levados para as paredes, como os de Casablanca (1942), Disque M para Matar (1954) e Laranja Mecânica (1971). Muitas vezes ele imaginava seu trabalho apenas a partir dos roteiros, antes que as produções fossem finalizadas. Gold morreu no domingo 20, aos 97 anos, de complicações do Alzheimer.

 

Publicado em VEJA de 30 de maio de 2018, edição nº 2584

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