Datas: a morte do ‘pai da música moderna’ Pierre Henry
Também reverenciado como 'o avô do techno', francês foi um dos criadores da música eletroacústica
MORRERAM
Pierre Henry, compositor parisiense, aclamado como um dos criadores da música eletroacústica. Também reverenciado como “o avô da música techno”, ele preferia intitular-se “o pai da música moderna”. Ligado à música concreta, lançada por seu compatriota Pierre Schaeffer (1910-1995), Henry costumava dizer que a arte à qual se dedicava não era feita de notas teóricas, mas sim de “sons como o ruído de uma porta, do vento ou da chuva”. Da parceria com o coreógrafo e bailarino Maurice Béjart (1927-2007), também francês, resultaram quinze trabalhos, entre os quais Missa para o Tempo Presente (1967). Dia 5, aos 89 anos, de causa não divulgada, em Paris.
Walter Fontoura, jornalista carioca. Trabalhou no Jornal do Brasil por dezoito anos (1966-1984) e lá, à frente da redação, montou uma equipe repleta de talentos, que incomodou insistentemente a ditadura. Entre 1985 e 1997, fez parte da equipe de O Globo e dirigiu a sucursal paulista do diário do Rio de Janeiro. Segundo Augusto Nunes, colunista do site de VEJA e apresentador do programa Roda Viva (TV Cultura), “ele tinha mais pavor de errar, de cometer a ‘barrigada’, no jargão jornalístico, do que amor pelo furo”. Nascido em Vila Isabel, Fontoura integrou os conselhos do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Em 2000, uniu-se aos publicitários Luiz Sales, Alex Periscinoto e Sérgio Guerreiro para fundar a empresa de consultoria SPGA, especializada em gestão de crises corporativas. Dia 4, aos 80 anos, de insuficiência respiratória, em São Paulo.
Simone Veil, política francesa de origem judia, sobrevivente do Holocausto, conhecida por ter sido a primeira mulher a presidir o Parlamento Europeu (1979-1982). Além disso, em 1974, no cargo de ministra da Saúde, defendeu a legalização do aborto em seu país. Foi levada para o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, em março de 1944, quando tinha apenas 16 anos. Com o fim da II Guerra, ingressou no curso de direito, em Paris. Com o apoio do presidente Valéry Giscard d’Estaing (1974-1981), destacou-se na luta pelas causas feministas. Afastada da política desde 2007, em 2010 entrou para a Académie Française. Dia 30, aos 89 anos, de causa não divulgada, em Paris.
Spencer Johnson, escritor americano, autor dos best-sellers Quem Mexeu no Meu Queijo? (1998) e O Gerente-Minuto (1982), este em parceria com Ken Blanchard. Seus livros já venderam 50 milhões de exemplares e estão traduzidos para 47 idiomas. Formado em psicologia e medicina, Johnson, que nasceu em Dakota do Sul, deu início à trajetória que o levaria à fama lançando obras infantis. Não teve sucesso. Um dia, num coquetel, veio a ideia de redigir, com Blanchard, um trabalho sobre liderança. O êxito em vendas de O Gerente-Minuto o motivou a prosseguir. Dia 3, aos 78 anos, de câncer no pâncreas, na Califórnia.
Publicado em VEJA de 12 de julho de 2017, edição nº 2538