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Datas: Sarah Onyango Obama, Contardo Calligaris e Bertrand Tavernier

A avó de Obama, o psicanalista e o cineasta

Por Da Redação 2 abr 2021, 06h00

Na posse de Barack Obama, em 20 de janeiro de 2009, havia uma convidada de honra, especialíssima, numa das primeiras fileiras diante do parlatório, em Washington. Era Sarah Onyango Obama, avó do primeiro presidente negro da história americana. Como anotou a reportagem do The New York Times, “os dois estavam separados não apenas pela geografia, mas também por épocas, vidas e costumes diferentes”. Ela o presenteou com uma espécie de chicote feito de rabo de boi, emblema de poder no Quênia, de onde viera. Falava luo, o dialeto de seu grupo étnico, e um pouco de suaíli. A conversa entre avó e neto se deu por meio de um intérprete.

Sarah criou o pai de Obama como seu próprio filho, embora não fosse a mãe biológica. No Instagram, Obama prestou as homenagens. “Quando nossa família passava por dificuldades, sua casa era um refúgio para filhos e netos, e sua presença era uma força constante e estabilizadora. Quando viajei pela primeira vez ao Quênia para aprender mais sobre minha herança e meu pai, que já havia falecido, foi a vovó quem serviu de ponte para o passado, e foram as suas histórias que ajudaram a preencher um vazio em meu coração.” Ela morreu em 29 de março, aos 99 anos, de causas não reveladas, em Kisumu, no Quênia.

“Espero estar à altura”

SEM TABUS - O psicanalista italiano: coragem de ir pelo avesso -
SEM TABUS - O psicanalista italiano: coragem de ir pelo avesso – (Mario Rodrigues/.)

Nascido em Milão, o psicanalista Contardo Calligaris faria parte fundamental de sua formação profissional na França, ao frequentar aulas ministradas pelos filósofos Roland Barthes e Michel Foucault. Em 1975, filiou-se à Escola Freudiana de Paris. Era assíduo nos seminários de Jacques Lacan, um de seus mestres no ofício de navegar pelas mentes. Em 1989, depois de visitar o Brasil para a divulgação de um de seus livros, Hipótese sobre o Fantasma, decidiu ficar. Atendia pacientes, com calma e infindável inteligência, mas se dedicou também à popularização de suas ideias, numa coluna na Folha de S.Paulo.

Calligaris não deixava pedra sobre pedra quando se prestava a iluminar os tabus do cotidiano. Em 2009, em entrevista a Páginas Amarelas de VEJA, ele disse o seguinte, instado a passear pelos dilemas da masculinidade: “Exceto se for um Colombo ou um Pizarro, a grande maioria dos homens vive entre a padaria, o bar, o escritório e a casa. Eles se relacionam muito mal com essa vida cotidiana. É como se não devessem fazer isso”. Calligaris tinha 72 anos. Morreu em 30 de março, de câncer, em São Paulo. Diante da proximidade da morte, segundo relato de seu filho, Max, nas redes sociais, ele disse o seguinte, como bom analista: “Espero estar à altura”.

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Todos os filmes do mundo

VARIEDADE - O diretor: jazz, blues e cinema -
VARIEDADE – O diretor: jazz, blues e cinema – (Ander Gillenea/Getty Images)

O francês Bertrand Tavernier tinha três obsessões, e não necessariamente nesta ordem: jazz, blues e cinema. Fazia dessa riqueza de interesses o estilo de seu trabalho como diretor — não ter estilo. Seus filmes mudavam de gêneros, para espanto e delícia do público e da crítica. São dele o bucólico e campestre Um Sonho de Domingo (1984) e Por Volta da Meia-Noite (1986), a história da amizade de um saxofonista americano com um francês. Tavernier morreu em 25 de março, aos 79 anos, em Saint-Maxime, na França, de causas não reveladas pela família.

Publicado em VEJA de 7 de abril de 2021, edição nº 2732

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