Cinco ministros que se foram sem nunca ter sido
Pedro Fernandes (PTB-MA) chegou a declarar que havia aceitado o convite para o ministério de Temer, mas, uma semana depois, voltou atrás
– Odílio Balbinotti (Agricultura, março de 2007)
O deputado do Paraná pelo PMDB, como ocorreu com Cristiane Brasil (PTB-RJ) na semana passada, teve até a posse marcada. Mas, a poucos dias da cerimônia, a descoberta de um inquérito que tramitava no STF contra ele por falsidade ideológica e crime contra a fé pública fez com que o próprio Balbinotti desistisse do cargo.
– Wellington César Lima e Silva (Justiça, março de 2016)
Lima e Silva era procurador do Ministério Público da Bahia quando foi nomeado para a pasta por Dilma Rousseff. Assumiu por onze dias, mas deixou o cargo porque o Supremo Tribunal Federal entendeu que um membro do MP só poderia atuar no Executivo se renunciasse ao cargo de procurador.
– Lula (Casa Civil, março de 2016)
O ex-presidente foi indicado por Dilma com o objetivo de protegê-lo com o foro privilegiado, livrando-o de uma eventual ordem de prisão do juiz Sergio Moro. Com a divulgação dos áudios em que esse propósito ficava claro, o ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou a suspensão da nomeação.
– Newton Cardoso Júnior (Defesa, maio de 2016)
O deputado do PMDB, filho do notório ex-governador mineiro Newton Cardoso, anunciou-se como ministro de Michel Temer, mas rapidamente foi desmentido pelo peemedebista. Militares teriam demonstrado incômodo pelo fato de ele ter sido citado no escândalo Panama Papers e por responder a uma ação no STF por emissão de nota fiscal falsa.
– Pedro Fernandes (Trabalho, dezembro de 2017)
O deputado do PTB do Maranhão chegou a declarar que havia aceitado o convite para o ministério de Temer, mas, uma semana depois, voltou atrás. O motivo seria o veto ao seu nome pelo ex-presidente José Sarney.
Publicado em VEJA de 17 de janeiro de 2018, edição nº 2565