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A igreja da porrada

Pastor da Igreja Renascer em Cristo, conhecido como Giraia, conta por que ensina a lutar MMA nos templos

Por Eduardo F. Filho Atualizado em 29 jul 2017, 06h00 - Publicado em 29 jul 2017, 06h00

Por que ensinar MMA aos fiéis? Deus tocou meu coração e me disse: através desse esporte, os jovens vão entrar na igreja e aprender o que Deus pode ser na vida deles. O MMA não é pecado, como muitos dizem, pelo fato de um bater no outro. Deus me falou isso.

O que os fiéis pensam disso? Antes de o rock entrar na igreja, ele era do capeta. Nós tiramos o rock do capeta. Aleluia! Agora o rock é bênção. A maquiagem e o batom também eram do diabo, e a gente tomou dele. Agora é a vez do MMA. Há quem diga: “Isso não é coisa de Deus”. É coisa de Deus, sim.

Como a luta é tratada internamente? São muitos codinomes: MMA gospel, igreja do MMA, igreja do ringue e igreja da porrada.

Quais as diferenças entre o MMA tradicional e o da “igreja da porrada”? Não aceitamos cotovelada. Se for usada, ela vai machucar e até rasgar o rosto. Também não há mulheres com roupa curta, nem bebidas alcoólicas. A plateia não xinga. Nada de “Ei, juiz, vai t…”. O máximo é “Uh, vai morrer”. Sempre oramos no início das lutas, e um pastor ministra a Palavra. É onde entra Jesus.

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Como se financiam os torneios? Não passamos a cestinha com oferta. O público nos ajuda com ingressos de 20 a 30 reais. A Renascer passou pela condenação de seus líderes e pela saída de Kaká. Como enfrentou a turbulência? A gente tinha de viver isso. Foi um propósito. Seguimos firmes e fortes. Sobre o Kaká, não houve impacto. Ele é uma pessoa como qualquer outra. Só porque é jogador e estrela? Para! A gente não o via como um grande doador. Deus não precisa do dinheiro do Kaká.

E quanto ao baque da prisão de Sônia e Estevam Hernandes, fundadores da igreja? (O casal foi condenado por entrar com dinheiro não declarado nos Estados Unidos, em 2007, e por evasão de divisas no Brasil, em 2009) Aquilo foi um erro. Estavam em onze pessoas e, em vez de dividirem o dinheiro, apenas uma pessoa o carregava. Eles confessaram, porque lá a situação piora se não se faz isso. Agora passou. Eles estão em São Paulo, e muito bem.

Publicado em VEJA de 2 de agosto de 2017, edição nº 2541

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