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Papa Francisco: santa impaciência

Pontífice cumprimentava crianças na Praça de São Pedro quando uma mulher agarrou sua mão direita. Contrariado, ele revidou com dois tapas e fechou a cara

Por Denise Chrispim Marin Atualizado em 3 jan 2020, 10h18 - Publicado em 3 jan 2020, 06h00

Desde que João Paulo II se aventurou ao contato direto com os católicos, inclusive depois do atentado a tiros de 1981, seus sucessores não tiveram outro caminho senão igualmente driblar a Guarda Suíça e ir para a galera. Mesmo o alemão Bento XVI, pouco afeito a aproximações, deixou-se tocar pelos fiéis. Para o argentino Jorge Mario Bergoglio, essa missão nunca foi um problema. Acostumado aos abraços efusivos e à conversa sem fim com seus conterrâneos das ruas e favelas de Buenos Aires, ele parecia ter destronado São João Paulo II no quesito popularidade — até perceber o limite de sua paciência, na última noite de 2019. Depois de visitar o presépio montado na Praça de São Pedro, o papa Francisco cumprimentava crianças quando uma mulher, na borda da cerca, agarrou e puxou sua mão direita. Contrariado, o pontífice revidou com dois tapas para fazer com que ela o soltasse, e fechou a cara. Bergoglio já havia se mostrado impaciente com os católicos que teimaram em cumprir com a tradição do beija-mão ao final de uma missa em Loreto, na Itália, em março passado — o Vaticano justificou a atitude do papa como uma “questão de higiene”. No primeiro dia de 2020, Francisco admitiu que, como qualquer mortal, muitas vezes perde a paciência, e pediu perdão “pelo mau exemplo”. Oportunamente, emendou um discurso contra a violência sofrida pelas mulheres. “Toda forma de violência infringida à mulher é uma blasfêmia contra Deus, que nasceu de uma mulher”, decretou. Não foi divulgado pela Santa Sé quantas ave-marias terá rezado o papa como penitência.

Publicado em VEJA de 8 de janeiro de 2020, edição nº 2668

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