No Iraque, Papa diz que ‘a esperança é mais forte do que a morte’
Essa é a primeira viagem do pontífice após o início da pandemia de Covid-19; líder da Igreja Católica rezou pelas vítimas da guerra iraquiana
Considerada pelo próprio como um “dever a uma terra martirizada”, a visita do Papa Francisco ao Iraque é também a sua primeira viagem oficial em 15 meses, quando teve início a pandemia do novo coronavírus. Há dois dias no país, Francisco celebrou neste sábado, 7, uma cerimônia de orações pelas vítimas da guerra religiosa na cidade de Mossul. O pontífice aproveitou para dizer que, apesar da perseguição contra os católicos no território iraquiano, “a esperança é mais forte que a morte, e a paz, mais forte que a guerra”.
Em seu discurso, Francisco disse ver “os sinais do poder destruidor da violência, do ódio e da guerra”. “A trágica redução dos discípulos de Cristo, aqui e em todo o Médio Oriente, é um dano incalculável não só para as pessoas e comunidades envolvidas, mas também para a própria sociedade que eles deixaram para trás”, afirmou o pontífice.
A cerimônia foi realizada na Hosh al-Bieaa, a praça das quatro igrejas: sírio-católica, armeno-ortodoxa, sírio-ortodoxa e caldeia, destruídas por ataques terroristas entre 2014 e 2017. Depois de ouvir testemunhos de um sunita e do pároco local, que falaram das perdas e dos deslocamentos forçados, o papa fez uma breve saudação e rezou pelo povo iraquiano.
O papa, que é o primeiro a visitar o Iraque, se solidarizou com a população local. “Como é cruel que este país, berço de civilizações, tenha sido atingido por uma tormenta tão desumana, com antigos lugares de culto destruídos e milhares e milhares de pessoas – muçulmanas, cristãs, yazidis e outras – deslocadas à força ou mortas!”.
Com Agência Brasil