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Vice de Alckmin anuncia apoio do quinto partido na disputa por SP

Prestes a assumir governo paulista, Márcio França trava guerra silenciosa com prefeito João Doria na disputa por apoios de legendas da base

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 fev 2018, 12h48 - Publicado em 19 fev 2018, 12h12

O vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), anunciou nesta segunda-feira que fechou a presença do quinto partido na sua chapa para disputar a sucessão do governador Geraldo Alckmin (PSDB), o PSC. Nas últimas semanas, França tem travado uma guerra silenciosa com o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), na disputa por apoio de partidos e lideranças políticas da base aliada de Alckmin.

Com o acerto desta segunda, o vice-governador garante que tem hoje o maior tempo no horário eleitoral gratuito de rádio e televisão. “Chegamos ao maior de TV até agora: 18 minutos”, afirmou nas redes sociais, emendando que “mais partidos virão nos próximos dias”. Oficialmente, entretanto, ainda não é possível fazer este cálculo. Isso porque a conta depende do número de candidaturas que forem colocadas e o número de deputados que os partidos terão na época dos registros — hoje, a base de França reúne 100 parlamentares.

França já contava com o seu partido, o PSB, e outros três: o Pros, o Solidariedade e o PR. Ele avançou sobre as legendas contando com um importante ativo político: em menos de dois meses ele assumirá a máquina pública do governo de São Paulo, com suas centenas de cargos, quando Alckmin deve renunciar para disputar a Presidência da República pelo PSDB.

Diante dos movimentos de França – que tenta abalar o controle do PSDB sobre o restante da base e ameaça reduzir a influência dos tucanos no governo paulista –  nomes influentes do partido, incluindo o próprio Alckmin, adotaram o discurso de que a candidatura socialista é legítima e que “seria melhor” que os aliados estivessem unidos em um único palanque.

Para evitar que o apoio ao PSB cresça (ou, até, como informou a coluna Radar, uma cogitada filiação de França para ser o candidato tucano), João Doria também se mexe de olho no Palácio dos Bandeirantes. Acordos com o PSD, do ex-prefeito Gilberto Kassab, e com o DEM, do deputado Rodrigo Garcia, estão adiantados, como registrou o blog Holofote. Recentemente, o prefeito de São Paulo cumpriu agenda pública ao lado do deputado Celso Russomanno (PRB-SP), líder da última pesquisa de intenção de votos, mas que não deve concorrer ao governo estadual.

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O discurso de apoio ao nome do socialista ganhou força na voz de tucanos relevantes na estrutura paulista. O ex-governador Alberto Goldman já afirmou que a disputa nacional é “o desafio mais importante” e que esse pode ser um bom motivo para que o PSDB abra mão da cabeça de chapa em São Paulo. Declarações semelhantes já foram feitas por aliados próximos do atual governador, como o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa.

Doria não assume publicamente a intenção de ser candidato ao governo. Oficialmente, os três pré-candidatos do PSDB ao governo são o secretário de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, o ex-senador José Aníbal e o cientista político Luiz Felipe D’Avila.

Esse é um problema para Doria, que participa de uma disputa interna prejudicial aos seus planos: os demais concorrentes querem que a votação das prévias ocorra depois de abril, forçando o prefeito a renunciar “no escuro”, sem a garantia da candidatura ao governo.

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Vida nova

Enquanto Márcio França e João Doria disputam a posição de principal candidato do campo alckmista em São Paulo, o vice-governador já se prepara para formar seu governo, que vai durar, ao menos, oito meses. Ele terá à sua disposição a maior parte das secretarias, incluídas na conta as onze pastas hoje comandadas pelo PSDB, caso o partido não o apoie no pleito de outubro.

A primeira mudança deve acontecer na secretaria dos Transportes, comandada pelo PSDB. Laurence Casagrande deve dar lugar a um indicado do PR, um dos partidos da “base” de França.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, outra demanda que vem de um aliado do pré-candidato do PSB é um aumento no orçamento da pasta do Trabalho, já comandada pelo Solidariedade. Segundo o jornal, Geraldo Alckmin teria pedido ao vice que mantivesse ao menos três dos seus secretários, que são técnicos que comandam áreas-chave para os tucanos: Mágino Alves (Segurança Pública), Lourival Gomes (Administração Penitenciária) e Benedito Braga (Saneamento Básico).

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