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Vélez Rodríguez demite número dois do Ministério da Educação

Em meio à crise na pasta, ministro anunciou no Twitter a saída de Luiz Antonio Tozi, acusado pelo filósofo Olavo de Carvalho de se alinhar ao PSDB

Por Da Redação 12 mar 2019, 19h45

Pelo Twitter, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, anunciou a saída do secretário-executivo Luiz Antonio Tozi, o número dois da pasta, que será substituído por Rubens Barreto da Silva, que ocupava o cargo de secretário-executivo adjunto.

“Dando sequência às mudanças necessárias, agradecemos a Luís Antônio Tozi pelo empenho de suas funções no MEC”, escreveu Vélez Rodríguez.

Nos últimos dias, Vélez deixou os seguidores do escritor Olavo de Carvalho de lado e passou a se aconselhar com seus ex-alunos e com Tozi, que foi diretor do Centro Paula Souza, administrador das Faculdades de Tecnologia (Fatecs) em São Paulo.

O grupo de Tozi defende o foco do MEC em políticas educacionais de evidência comprovada e o abandono do discurso ideológico. “Olavistas”, por sua vez, dizem que o grupo é “tucano”, ou seja, alinhado ao PSDB, e não segue as ideias do presidente Jair Bolsonaro. Os técnicos rivalizam com outros dois segmentos dentro do MEC: o de seguidores de Olavo e o de alguns militares.

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Nesta terça, Vélez Rodríguez teve mais uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto. Diante da crise no MEC, foi a terceira reunião seguida que os dois tiveram desde o final de semana.

Mais cedo, antes do encontro, Bolsonaro garantiu que Vélez Rodríguez continua no comando da pasta, mesmo após divergências com Olavo. Lembrado que filósofo foi ao Twitter criticar o ministro e até mesmo pedir a sua demissão, Bolsonaro disse: “Eles estão se entendendo”. “Não precisa sair (o ministro)”, completou.

“Teve um probleminha com o primeiro homem dele, mas está tudo resolvido”, disse o presidente numa referência a Vélez. “Eu tenho seis filhos e tenho problema de vez em quando. Imagine com 22 ministros”, afirmou. “Eu tenho cinco filhos”, corrigiu logo em seguida, sorrindo e admitindo ter sido traído pela memória.

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Seis exonerações

Nesta segunda-feira, 11, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), o governo Bolsonaro exonerou seis nomes do primeiro escalão do MEC. O coronel Ricardo Wagner Roquetti, que atuava como diretor de programa da Secretaria Executiva do MEC, um dos exonerados, se envolveu em polêmica com os discípulos do filósofo Olavo de Carvalho.

Roquetti, como representante dos militares no MEC, foi acusado pelos “olavistas” de tentarem expurgá-los da pasta para frear as investigações da “Lava Jato da Educação”, um pente-fino anunciado pelo governo nos contratos firmados nas gestões passadas. 

Na sexta-feira 8, Olavo usou as redes sociais para pedir a seus alunos que deixassem os cargos no ministério, depois que foi informado do expurgo. No Facebook, ele escreveu que oficiais militares induzem Vélez Rodriguez a tomar “atitudes erradas” e lançam a culpa nos seus alunos. “São trapaceiros e covardes”, acusou.

Além de Roquetti, foram exonerados Tiago Tondinelli (chefe de gabinete do ministro da Educação), Eduardo Miranda Freire de Melo (secretário-executivo-adjunto da Secretaria Executiva do Ministério da Educação), Claudio Titericz (diretor de programa da Secretaria Executiva do Ministério da Educação), Silvio Grimaldo de Camargo (assessor especial do ministro da Educação) e Tiago Levi Diniz Lima (diretor de Formação Profissional e Inovação da Fundação Joaquim Nabuco).

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(Com Estadão Conteúdo)

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